Se nada for feito para limitar os efeitos do aquecimento global, perto de 100 milhões de pessoas podem ser arrastadas para a pobreza extrema até 2030, alerta um estudo do Banco Mundial
Se nada for feito para limitar os efeitos do aquecimento global, perto de 100 milhões de pessoas podem ser arrastadas para a pobreza extrema até 2030, alerta um estudo do Banco Mundial Sem o desenvolvimento rápido e inteligente para o clima, o aquecimento global pode levar mais de 100 milhões de pessoas para a pobreza em 2030, advertiram este fim de semana os especialistas do Banco Mundial, a três semanas do início da Conferência de Paris para o Clima, que se realiza na capital francesa, a partir de 30 de novembro. Segundo os peritos, e tendo em conta os recentes alertas da ONU que consideram insuficientes os compromissos de redução das emissões de gases de efeito estufa para conseguir limitar o aquecimento global a dois graus Celsius, o impacto das mudanças climáticas seria particularmente forte em África, podendo levar ao aumento do preço dos alimentos até 12 por cento, nos próximos 15 anos. Seria um golpe para uma região onde o consumo alimentar das famílias mais pobres representa mais de 60 por cento de seus gastos, explicam os investigadores do Banco Mundial, que temem um efeito similar no sul da Ásia e em particular na Índia, onde as perturbações climáticas podem levar 45 milhões de pessoas a viver abaixo do limiar da pobreza, ou seja, com menos de 1,7 euros por dia.