Coordenador da Plataforma de apoio aos Refugiados atribui os atrasos na recolocação dos migrantes à falta de vontade Política dos Estados-membros da União Europeia
Coordenador da Plataforma de apoio aos Refugiados atribui os atrasos na recolocação dos migrantes à falta de vontade Política dos Estados-membros da União EuropeiaÉ bom percebermos que a Europa vive não a crise dos refugiados, mas a crise da sua incompetência e da sua incapacidade de gerir este desafio que é o acolhimento humanitário de quem está a fugir à guerra, afirmou esta quinta-feira, 5 de novembro, o coordenador da Plataforma de apoio aos Refugiados (PaR), à margem da sessão de apresentação da PaR Linha da Frente, que decorreu em Lisboa. Segundo Rui Marques, citado pela agência Lusa, há um mês que se diz que será em breve [a chegada de refugiados a Portugal], mas continuamos sem saber a data exata. O coordenador da PaR atribui este impasse à falta de vontade política de Estados-membros e das instâncias europeias e a uma incompreensível incompetência de infraestruturas que têm recursos financeiros, humanos e técnicos. a decisão de Portugal acolher cerca de 4. 500 pessoas, ao abrigo do Programa de Relocalização de Refugiados na União Europeia (UE), foi anunciada em setembro e as organizações envolvidas neste processo criaram um plano de acolhimento, mas continuam sem saber a data da chegada do primeiro grupo. Presente na sessão, o presidente da Cáritas Portuguesa, Eugénio Fonseca, também criticou os atrasos na distribuição dos refugiados, atribuindo-os a uma desorientação da própria União Europeia. a nossa Europa tornou-se económica demais e esqueceu a dimensão humana, lamentou o responsável.