Grupo de ativistas pediu uma investigação judicial à venda de armas às autoridades ruandesas na época em que se verificou o massacre de milhares de cidadãos tutsis e hutus
Grupo de ativistas pediu uma investigação judicial à venda de armas às autoridades ruandesas na época em que se verificou o massacre de milhares de cidadãos tutsis e hutus a associação Survie apresentou uma denúncia contra desconhecidos para que se investigue a venda de armas por parte do governo francês às autoridade ruandesas, durante o genocídio de 1994. Na queixa, é feita a acusação de cumplicidade em genocídio e de crimes contra a humanidade.com base em documentos já publicados e anteriores investigações de membros da associação, a Survie assinala várias transações de armas e munições registadas tanto antes como durante o mês de abril de 1994, quando já se verificavam os massacres de centenas de milhares de tutsis e hutus moderados. Segundo os ativistas, citados pela agência Misna, estes elementos bastam para qualificar Paris como aliado principal dos genocidas. até porque, alegam, nos numerosos documentos referentes àquele período libertados do segredo de Estado pelo Presidente francês François Hollande, falta uma nota que provaria que as vendas de armas se produziram também depois do embargo imposto pelas Nações Unidas, em maio de 1994.