Reitor do santuário considera que o poder político «continua a envergonhar-se» da Cova da Iria e, em consequência, aposta pouco na divulgação externa de Fátima
Reitor do santuário considera que o poder político «continua a envergonhar-se» da Cova da Iria e, em consequência, aposta pouco na divulgação externa de Fátima Reconhecemos, atualmente, o relevo que o Turismo de Portugal vai procurando dar ao turismo religioso e, concretamente, o Turismo Centro de Portugal ao fenómeno de Fátima, mas continuamos a reconhecer que é muito insuficiente a aposta na divulgação externa de Fátima e que isso depende do poder político, afirmou esta terça-feira, 13 deoutubro, o reitor do Santuário de Fátima, em declarações à agência Lusa. Para o padre Carlos Cabecinhas, que falava à margem das celebrações da peregrinação internacional aniversária, o Santuário de Fátima cresceu com ofertas dos peregrinos e não com apoios do governo e, nesse sentido, manteve sempre uma distância e uma independência em relação ao poder político. Mas isso não significa uma indiferença, nem que não tenha expectativasem relação àquilo que deveria ser o olhar do poder político para a importância de Fátima hoje em dia. O poder político português continua a envergonhar-se de Fátima e isso é embaraçoso, porque Fátima é um dos grandes destinos turísticos portugueses, é um dos grandescartões de visitae a verdade é que o poder político continua a querer calar esse fenómeno que é inegável no país, adiantou o reitor, formulando o desejo de que haja, de facto, uma aposta sincera, real e verdadeira naquilo que é a potencialidade de Fátima.