O estilo atual de relacionamentos é demasiado formal e «desidratado» o que conduz à solidão e ao «descarte» de um número cada vez maior de pessoas, alerta o Papa Francisco, pedindo mais «Espírito familiar» à sociedade
O estilo atual de relacionamentos é demasiado formal e «desidratado» o que conduz à solidão e ao «descarte» de um número cada vez maior de pessoas, alerta o Papa Francisco, pedindo mais «Espírito familiar» à sociedade Num momento em que decorre o Sínodo dos Bispos sobre a missão da família na Igreja e no mundo, o Papa Francisco fez uma catequese sobre o espírito familiar, esta quarta-feira, 7 de outubro, na Praça de São Pedro, no Vaticano, onde salientou a importância da família enquanto testemunho fundamental do amor de Deus. Para o Pontífice, o estilo atual dos relacionamentos – civil, económico, jurídico, profissional e de cidadania – é racional, formal e organizado, o que, em poucas palavras, se traduz num estilo desidratado, árido e anónimo, que leva à solidão e ao descarte de um número sempre maior de pessoas. Neste sentido, e perante uma cultura que não reconhece e pouco apoia as pessoas nas suas diferentes relações sociais, a família abre uma perspetiva mais humana, pois é nela, e a partir dela, que se estabelecem vínculos de fidelidade, sinceridade, cooperação e confiança, sublinhou o Papa, acrescentando que os homens e mulheres de hoje estão a precisar de uma injeção de espírito de família. Francisco pediu ainda aos cerca de 30 mil peregrinos que se reuniram na Praça de São Pedro para participar na habitual audiência geral que rezassem pelos padres sinodais, para que, iluminados pelo Espírito Santo, possam dar à Igreja, como família de Deus, novo impulso para lançar as suas redes que libertam os homens da indiferença e do abandono, promovendo o espírito familiar no mundo.