a Comissão Nacional de Justiça e Paz, organismo católico de intervenção social, decidiu criar um observatório permanente sobre a produção, comércio e proliferação de armas ligeiras.
a Comissão Nacional de Justiça e Paz, organismo católico de intervenção social, decidiu criar um observatório permanente sobre a produção, comércio e proliferação de armas ligeiras. Segundo o diário O Público, este novo organismo será apresentado a oito de Novembro pela Comissão Nacional de Justiça e Paz (CNJP), durante uma audição pública dobre o tema que vai decorrer na Gulbenkian. O objectivo do observatório é recolher informação relevante sobre a matéria, também no que diz respeito a Portugal, que ainda não tem legislação neste domínio.
O observatório quer ser um instrumento a partir do qual se possa tomar consciência da gravidade da proliferação não controlada de armas ligeiras, disse Manuel Brandão Alves, membro da CNJP e agora responsável do observatório. De acordo com o economista e professor universitário, o novo organismo visa sensibilizar as instituições e pessoas da igreja e da sociedade civil. a criação de uma base de dados permanentemente actualizada será um dos principais meios do observatório.
as armas ligeiras em cada dia que passa são responsáveis por 1. 300 mortes. No caso português, em 2002 foi apresentada uma petição à assembleia da República (aR), promovida por organizações católicas e da sociedade civil e assinada por quase 100 mil pessoas. O então presidente da aR, Mota amaral, e o PSD (então no governo) comprometeram-se em legislar sobre o assunto, mas não cumpriram as suas promessas.
as armas ligeiras, como indica o nome, são de uso fácil, tanto que até uma criança pode usar uma. além disso, são de baixo custo (uns 15 euros) permitindo a sua proliferação. Na grande maioria dos conflitos recorre-se a armas ligeiras, designação que abrange desde o revólver e a mina até ao helicóptero.
a criação do observatório e a audição pública, que começa a oito de Novembro e vai decorrer em cinco sessões, pretendem levantar o problema da perigosa e excessiva proliferação de armas ligeiras. a audição pretende também pressionar as autoridades a cumprir os acordos que Portugal assinou e a criar a legislação em falta.