Crise de refugiados quase fez duplicar o número de pedidos de refúgio em 2014. Os principais países de destino são a alemanha, o Estados Unidos da américa, a Turquia, a Suécia e a Itália
Crise de refugiados quase fez duplicar o número de pedidos de refúgio em 2014. Os principais países de destino são a alemanha, o Estados Unidos da américa, a Turquia, a Suécia e a Itália O número de pedidos de asilo registado nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) – 800 mil no total – revelou um aumento de 46 por cento em 2014, um índice nunca visto desde 1992, e o segundo maior em 35 anos, refere o relatório anual da organização, divulgado esta terça-feira, 22 de setembro, em Paris (França). À Europa chegou a maioria dos pedidos de acolhimento – mais de 600 mil. É claramente uma situação de emergência que requer uma resposta coordenada a nível europeu e mundial, afirmam os autores do documento, citados pela agência Lusa, sublinhando que a ausência de controlo nas fronteiras líbias criou uma situação inédita e faz com que o número de entradas irregulares, medida pela agência europeia Frontex, esteja constantemente a aumentar. Ou seja, as previsões apontam para que os números deste ano sejam ainda maiores. Segundo a OCDE, nos primeiros seis meses de 2015, cerca de 137 mil pessoas desembarcaram nas costas da Grécia, Itália, Malta e Espanha, o que corresponde a um aumento vertiginoso de 83 por cento em relação aos 75 mil observados no mesmo período de 2014. Esta crise humanitária, ainda de acordo com a organização constituída por 34 países, acontece num período relativamente delicado para a economia e o mercado de trabalho na Europa, assim como num contexto de luta mundial contra o terrorismo.