a eleição do novo governo do Burundi não significou o fim das violações dos direitos humanos pelas partes envolvidas na brutal guerra civil, denúncia o Observatório dos Direitos Humanos.
a eleição do novo governo do Burundi não significou o fim das violações dos direitos humanos pelas partes envolvidas na brutal guerra civil, denúncia o Observatório dos Direitos Humanos. OObservatório dos Direitos Humanos (HRW) documentou,a4 de Novembro, casos de tortura e de execução sumária, num relatório intitulado: Burundi – Passos errados num momento crucial.
O conflito armado no Burundi não constitui desculpa para a tortura e as execuções sumárias, disse alison Des Forges, conselheira da divisão africana do HRW. Tanto o governo como os rebeldes têm que cumprir a obrigação de tratar todos os detidos de forma humana, como é imposto pela lei internacional.
O relatório documenta casos em que soldados burundineses executaram cinco civis e torturaram outros que eram suspeitos de ser colaboradores do último grupo rebelde activo no país, as Forças de Libertação Nacional (FLN). São também descritos casos em que os agentes dos serviços de informação detiveram mais de 50 indivíduos sem respeitar os procedimentos legais, sendo alguns deles torturados durante o período de detenção.
as hostilidades armadas continuam entre os rebeldes do FLN e o novo governo, com escaramuças a acontecer nos arredores da capital Bujumbura. O relatório documenta o assassínio, por elementos do FLN, de quatro civis, que detinham postos governamentais ou alegadamente tinham ligações com o governo. Duas das vítimas foram decapitadas e a uma terceira foi cortado um braço, mutilações ocasionalmente praticadas pelo FLN nas suas vítimas.
O HRW apelou à comunidade internacional, de modo especial aos membros do conselho de segurança das Nações Unidas (ONU) que estão de visita à região, para pressionar o governo a respeitar as leis burundinesas e internacionais e a garantir que os observadores da ONU para os direitos humanos tenham acesso aos detidos por alegada ligação ao FLN.
Quando o novo governo assumiu funções em agosto, prometeu proteger os direitos humanos, disse Des Forges. Mas, em algumas partes do país, não está a cumprir a promessa.