Disse Jesus à multidão: «é do interior do coração dos homens que saem os pensamentos perversos: imoralidades, roubos, assassínios, adultérios, cobiças, más ações, má-fé, devassidão, inveja, maledicência, orgulho e desatinos» ” palavras do Evangelho
Disse Jesus à multidão: «é do interior do coração dos homens que saem os pensamentos perversos: imoralidades, roubos, assassínios, adultérios, cobiças, más ações, má-fé, devassidão, inveja, maledicência, orgulho e desatinos» ” palavras do Evangelho Estas palavras de Jesus Cristo situam-se no cenário da observância, pelos escribas e fariseus do seu tempo, de centenas de normas que tinham sido adicionadas à Lei ou Mandamentos da Lei de Deus através dos séculos, como as muitas lavagens de mãos, pratos, copos, etc. Cristo não era contra estas normas, mas contra o facto que elas se tornavam muito importantes – mais ainda do que a observância de certos Mandamentos relativos, por exemplo, à piedade, à justiça e à moralidade.

Não é fora de argumento repararmos no que acontece em muitas igrejas católicas nos nossos dias. Uma série de sacramentais que, bem explicados pelos guardiões da religião, tais como bispos e sacerdotes, levariam os cristãos a uma maior compreensão das verdades e das doutrinas e os dogmas, e a uma prática mais séria das centralidades da vida cristã. Por exemplo, em muitas igrejas católicas eliminou-se a água benta: e até mesmo a explicação para tal decisão é cozinhada em mentes que pouco interesse mostram pelo sentido profundo da liturgia. O que é verdadeiramente necessário é explicar o sentido da água benta. Deus do Céu! a água joga uma parte essencial na vida humana do corpo e da alma. Poderíamos citar centenas de exemplos tirados da palavra de Deus. Basta considerarmos a visão de Ezequiel sobre a água que sai do altar do Templo e se torna uma torrente enorme que dá uma multidão de bens à humanidade (cf Ezequiel 47,1-12). Ou pensemos na frase de Jesus que disse: Se alguém tem sede venha a mim; e quem crê em mim que sacie a sua sede! Como diz a Escritura, hão-de correr do seu coração rios de água viva. E São João Evangelista explica imediatamente: dizendo isto, referia-se Jesus ao Espírito que iam receber os que nele cressem (João 7, 37b-39b). Seria tão fácil explicar que a água benta usada ao entrar e sair duma igreja, e noutras circunstâncias também, deve trazer à mente e ao coração a água que, com o Espírito Santo, nos lavou do pecado no batismo e fez de nós filhas/os de Deus. Bastantes pessoas protestam contra estas omissões feitas nas nossas igrejas. E instala-se pouco a pouco nas mentes a ideia que a Igreja Católica está afinal a tornar-se, em certos lugares, uma empresa laica.
a psicologia e a prática diária da nossa vida ensinam-nos que as pequenas coisas e os pequenos eventos fazem ou desfazem o amor num casal, idem para a vida religiosa. E a mesma psicologia afirma categoricamente a necessidade dos gestos que transmitem sempre uma mensagem, e que estão a diminuir, senão a desaparecer mesmo, dos membros das famílias e dos religiosos/as. Por sorte, neste ponto parece que as coisas estão a melhorar. Mas existem ainda muito os gestos satânicos que destroem nos indivíduos a presença de Deus e dos “semina Verbi” as “Sementes do Verbo”, levando muitas camadas da sociedade a uma vida de destrambelhamentos injustos, eróticos e sem sentido da presença do divino em nós. Os pequenos gestos humanos, e cristãos, naturalmente, podem reconduzir-nos ao equilíbrio são entre o corpo e a alma – sem o qual nem o indivíduo nem a sociedade poderão saborear a sua própria realização.