«Os problemas da sociedade deviam ser os problemas de todo o mundo. O que está na origem do fluxo migratório é essa indiferença», realça o moçambicano alfredo Júnior que está em Fátima a fazer o Curso de Missiologia a ausência de paz faz com que as pessoas procurem segurança e tranquilidade noutra região, de modo a construírem o seu futuro, considera o seminarista moçambicano alfredo Júnior, que sublinha que é preciso ajudar as populações migrantes e perceber porque se arriscam em perigosas jornadas.
Muitas populações sofrem com a ausência de paz e de tranquilidade nas suas vidas. Muita gente vive fora das suas terras. as pessoas acordam, mas não sabem onde se vão voltar a deitar. Deitam-se e não sabem por onde vão andar no dia seguinte. Não há estabilidade política que permita às pessoas estarem em paz. Não é possível construir planos para o futuro sem saber onde se vai estar no dia seguinte.com armas e ameaças eu não me posso desenvolver no sítio onde estou. Tenho de sair, explicou.
Segundo o estudante da Sociedade Missionária da Boa Nova, as pessoas para se desenvolverem precisam de ter um sentimento de pertença em relação ao local onde estão. Enquanto as pessoas não se sentirem bem num determinado local, não se podem desenvolver nesse lugar. Emigram porque precisam de paz, de realizar a sua vida, precisam de tranquilidade, acrescentou.
Perante a preocupação de muitos países em limitar as entradas dos migrantes ilegais ou construir muros, o seminarista de 25 anos, refere que estes deviam antes perceber porque é que as pessoas emigram e depois tentar ajudar as pessoas a estabelecerem-se nos seus países, a viverem bem e a construir a paz nas suas sociedades.
É importante que as pessoas tenham um sentimento de paz e de responsabilidade pelos outros. Enquanto eu não tiver responsabilidade pelo outro não sou capaz de cultivar a paz porque estarei apenas indiferente. Os problemas da sociedade, sejam quais forem, deviam ser os problemas de todo o mundo. Na minha opinião, o que está na origem desse fluxo migratório é essa indiferença. O mundo é tão pequeno. Temos de abrir as mentes e saber conviver uns com os outros, realçou o jovem.