a baixa natalidade, o aumento da esperança média de vida e a contí­nua emigração de portugueses, cujo número não para de subir, estão a por em risco a renovação de gerações. São necessárias e urgentes novas políticas de apoio às famílias
a baixa natalidade, o aumento da esperança média de vida e a contí­nua emigração de portugueses, cujo número não para de subir, estão a por em risco a renovação de gerações. São necessárias e urgentes novas políticas de apoio às famíliasapesar do quadro negro que vive a sociedade portuguesa, nem sempre as notícias são lastimosas. Por vezes surgem algumas que nos permitem manter a esperança numa vida melhor. a semana que findou trouxe uma informação deveras surpreendente: Este ano estão a nascer mais crianças em Portugal. as conclusões foram sintetizadas e divulgadas na passada quarta-feira, pelo Diário de Notícias, que dava conta de que nos primeiros sete meses do ano haviam nascido mais 1500 bebés em relação ao mesmo período do ano passado.
Os dados são do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSa) e referem-se àqueles que fizeram o denominado teste do pezinho que é obrigatório à nascença. aquela entidade indica que nasceram 47. 886 bebés até finais de julho passado, o que a manter-se esta possível subida nos próximos meses poderá inverter a curva descendente, que se mantem há mais de 50 anos.

analisando o número de nascimentos por região, verificamos que Lisboa (14017), Porto (8847) e Setúbal (3578) são os distritos com maior número de nascidos. Em sentido inverso estão Bragança (351), Portalegre (406) e Guarda (449). Já em termos de evolução, Vila Real regista o maior crescimento face ao ano passado – mais 17%, para um total de 592 bebés. De referir ainda que no Porto nasceram mais 450 bebés, o valor mais alto do país. Diz ainda o jornal que as mulheres, com mais de 25 anos e até ao limite da idade fértil, são as que mais têm contribuído para o aumento da natalidade. Recordamos que, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística, no ano passado nasceram 82. 367 bebés em Portugal (o número mais baixo de que há memória no país).

apesar do número de nascimentos ter subido, e estamos a falar dos primeiros sete meses deste ano, não poderemos estar convictos de que efetivamente as coisas estão a mudar, pois ainda não há nada que o comprove. Devemos ter em atenção que a população portuguesa deve continuar a diminuir, pois morrem mais do que nascem e o número de emigrantes não para de aumentar, para constatarmos que é cada vez mais real o perigo da não renovação de gerações.
Perante este cenário torna-se obrigatório que sejam revistas as políticas no que respeita às famílias, começando pelas leis do país. O Governo dá mostras de preocupar-se com o problema da natalidade. Já o primeiro-ministro o afirmou. Mas, por outro lado, não ajusta esta realidade com medidas adequadas, o que nos leva a concluir que são apenas os interesses políticos que estão em jogo.

a sociedade e os políticos só têm a perder em escamotear os verdadeiros problemas que descambam sobre as famílias. atenção! Estamos a referirmo-nos a famílias ditas normais, aquelas que são formadas por homem e mulher. Em nome da liberdade já foram permitidas por lei um novo tipo de famílias (a união civil entre pessoas do mesmo sexo), e que é uma realidade também em Portugal. Já agora, e por uma questão de esclarecimento, lembramos que o artigo 302. 0 da Classificação Internacional de Doença (CID) considerava as homossexualidades como doença, desvio e transtorno sexual. Para bom entendedor, meia palavra basta, de acordo com o provérbio.
Mas voltando à necessidade do apoio às famílias, e porque estamos com eleições à vista, seria bom que avaliássemos com cuidado aquilo que os políticos nos vão prometer também nesta matéria. E porque não questioná-los em relação à sua responsabilidade perante o povo português?