a eterna luta pela posse de terra no Brasil já provocou a morte a 23 camponeses este ano, segundo dados da Comissão da Pastoral da Terra, ligada à Conferência Nacional de Bispos do Brasil
a eterna luta pela posse de terra no Brasil já provocou a morte a 23 camponeses este ano, segundo dados da Comissão da Pastoral da Terra, ligada à Conferência Nacional de Bispos do Brasil No primeiro semestre do ano passado tinham sido documentadas 20 mortes por causa dos conflitos rurais no Brasil, este ano, o número de camponeses assassinados em igual período já vai em 23, de acordo com o mais recente relatório da Comissão da Pastoral da Terra (CPT), um organismo tutelado pela Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB). Só na região amazónica foram mortas 21 pessoas, por causa da velha luta pela posse de terra, nos estados do Pará e Rondónia. Num dos casos documentados pela CPT, um trabalhador agrícola escravizado foi morto a tiro, após ter pedido ao patrão que lhe pagasse a remuneração, o que demonstra a agressividade dos fazendeiros contra os sem terra. O relatório refere ainda a existência de mortes nos estados do Maranhão e da Baía, uma delas vitimando um líder indígena, num claro exemplo da ofensiva levada a cabo contra os territórios tradicionais. E assinala a falta de iniciativa dos governos locais para definir zonas onde possam viver as pessoas sem terra.