países de poucos recursos, afectados pelos altos preços do petróleo e outras condicionantes económicas externas, podem receber uma ajuda extra do Fundo Monetário Internacional.
países de poucos recursos, afectados pelos altos preços do petróleo e outras condicionantes económicas externas, podem receber uma ajuda extra do Fundo Monetário Internacional. O Fundo Monetário Internacional (FMI) está a propor que os países mais pobres tenham acesso a mais fundos para lidar com os choques económicos como o aumento do preço da energia.
a iniciativa, para a qual já há um acordo de princípio, vem depois de uma análise exaustiva à ajuda concedida pelo FMI aos países em desenvolvimento. as agências de ajuda humanitária dizem que não deve haver condições impostas para receber estes novos fundos.
Uma agência dedicada ao desenvolvimento expressou à BBC o seu receio de que estes fundos possam ser usados para forçar os países a abrir os seus mercados.
Este esquema, discutido numa reunião do FMI, daria aos países em problemas económicos um acesso rápido a empréstimos. a iniciativa é apoiada pelos Estados Unidos, pelo Reino Unido e outros países industrializados. O novo fundo pretende complementar os apoios financeiros existentes para países que saem de conflitos e países pobres afectados por desastres naturais e pelo impacto da globalização.
Uma grande alteração é que países que não estão a receber apoio através do Sistema de Redução da Pobreza e do Crescimento do FMI poderão receber fundos.
O sistema existente, mecanismo principal do FMI para ajudar países em desenvolvimento, está em vigor desde 1999 e empresta dinheiro com vista a projectos que vão reduzir a pobreza e potenciar a economia. Segundo o FMI, o novo fundo, cuja grandeza ainda não foi revelada, seria uma rede de segurança para países que ainda não recebem assistência financeira.
O aumento do petróleo em 40 por cento no último ano criou graves problemas aos países em desenvolvimento, muitos dos quais são grandes importadores de petróleo. Os aumentos dos combustíveis já levaram a tensões sociais num número de países, tais como a Índia e o Bangladesh.
No entanto, activistas contra a pobreza, disseram que querem garantias de que a ajuda financeira não vai ser condicionada pela obrigação a reformas económicas nos países, como a abertura dos mercados e a privatização das indústrias.
Se tivermos em conta a história, esta nova facilidade vai continuar a ser usada como um cavalo de Tróia, para conseguir novas reformas com vista ao mercado livre nos países pobres, disse à BBC Pete Hardstaff, o director do Movimento de Desenvolvimento do Mundo. Estamos à espera que o FMI afirme categoricamente que não é o caso.
a assistência dada durante a crise financeira asiática dos anos 90 teve resultados funestos, alegou Hardstaff, devido às condições impostas. Reconhecemos a necessidade de responder a problemas de pagamentos a curto prazo, mas se isto vai ser uma outra maneira de forçar reformas para um mercado livre nos países pobres, então esta ajuda não é bem vinda.