Enviados por Jesus Cristo, «os apóstolos partiram e pregaram que era preciso cada um arrepender-se», diz-nos o Evangelho de domingo
Enviados por Jesus Cristo, «os apóstolos partiram e pregaram que era preciso cada um arrepender-se», diz-nos o Evangelho de domingoO comportamento humano esconde em si um grande mistério: vive uma grande parte da humanidade em condições de grande dificuldade e sofrimento, e poucos ou ninguém admite ter, ao menos em parte, culpa da situação horrível em que se encontra a maior parte dos membros das nações. E não há dúvida que há muitos cuja consciência está cheia dos crimes de, voluntariamente por vezes, mal dirigirem a vida das nações por meio dum egoísmo que tem laivos de satanismo ao safarem-se injustamente de pagarem os contributos que devem à nação. Pior ainda, praticamente nunca admitem terem cometido os erros que levaram ao descalabro moral, económico e espiritual. a velhacaria torna-se tão requintada que, se alguém justamente proclama os roubos cometidos contra o povo, perseguem-nos como criminosos de alto calibre, quando os verdadeiros criminosos são os ladrões da felicidade do povo. E por vezes a levada avassaladora dos órgãos noticiosos não aponta o dedo para os verdadeiros criminosos destrutores da felicidade do povo. Várias são as perguntas do que porventura acontecerá como caminho de solução para tão grandes injustiças. Mas uma das soluções possíveis aponta para uma revolta da parte do povo durante a qual centenas de milhares, senão milhões, de pessoas vão perder a vida. E a culpa verdadeira está nas consciências dos que trataram os membros das nações como gente sem direitos. Mas a verdadeirasolução foi claramente apontada por Cristo: arrependei-vos, e acreditai na Boa Nova (Marcos 1, 15). Foi isso mesmo que no Evangelho deste domingo Cristo enviou os apóstolos pregar em seu nome: É preciso que cada um se arrependa, e mude de ideias e de vida. Não há dúvida que tudo se paga, mormente o latrocínio – mesmo aquele que está camuflado em leis injustas. E poderíamos mesmo dizer que este egoísmo de enriquecer à custa dos que menos possuem leva direitinho à condenação que o Deus Supremo definiu: ao morrer, o rico avarento encontrou-se num lugar de tormentos, atormentado em chamas horríveis. E a conclusão de tudo isto exige que cada um reconheça a necessidade de se converter seriamente e assim mudar de vida. Pois a possessão avarenta é verdadeiramente uma possessão diabólica que torna os indivíduos proprietários de Satanás e do seu império infernal. a conclusão é de Cristo: Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. E se Cristo vivesse na terra hoje provavelmente proclamaria Bem-aventurados os que denunciam os que injustamente enriqueceram à custa dos pobres.