O governo da Guiné-Bissau destruiu todo o seu arsenal de minas antipessoais, cerca de cinco mil, mas reconhece a dificuldade de eliminar as minas ainda no terreno.
O governo da Guiné-Bissau destruiu todo o seu arsenal de minas antipessoais, cerca de cinco mil, mas reconhece a dificuldade de eliminar as minas ainda no terreno. Sendo signatária do tratado sobre minas de Ottawa, assinado em 1997, a Guiné-Bissau foi obrigada a destruir os explosivos que tinha armazenados nos quatro anos que seguiram à ratificação do documento, processo concluído em 2001. Tem agora, como previsto no tratado, seis anos para eliminar as minas que continuam enterradas, mas as operações ainda não começaram.
César de Carvalho, director do centro nacional para a coordenação de actividades contra as minas, disse à agência de notícias IRIN que a prioridade é eliminar as minas da zona norte, que faz fronteira com o Senegal, onde o conflito separatista durou 20 anos.
até agora não foi possível avançar com o programa de remoção devido à falta de segurança no terreno. Outra razão para este impasse é a falta de financiamento, é impossível dizer que há legiões de apoios para este pais, como nota Oliver Shu, director para a Guiné-Bissau da organização de luta contra as minas Handicap Internacional (deficiência internacional).
as minas antipessoais foram muito usadas durante a guerra civil de 1998-99, mas algumas ainda são uma herança da guerra da independência contra Portugal, nos anos sessenta e setenta. Nos últimos sete anos, as minas mutilaram centenas de pessoas e continuam a ter um efeito negativo no desenvolvimento económico, dificultando o investimento em áreas consideradas perigosas.