O presidente egí­pcio Hosni Mubarak disse que a exigência israelita do desarmamento dos militantes palestinianos antes do resumo das conversações de paz pode conduzir à guerra civil.
O presidente egí­pcio Hosni Mubarak disse que a exigência israelita do desarmamento dos militantes palestinianos antes do resumo das conversações de paz pode conduzir à guerra civil. Numa entrevista ao jornal israelita Yedioth ahronoth, Mubarak apelou ao estado israelita para tomar medidas que fortaleçam o presidente palestiniano Mahmoud abbas, que enfrenta cada vez mais ilegalidade na Faixa de Gaza.
Particularmente agora precisam de abu Mazen, disse Mubarak, usando a alcunha de abbas. Têm que o ajudar e fortalecer a sua posição perante o povo palestiniano. Não podem condicionar qualquer progresso no processo político com a confiscação das armas. Se tentarem forçá-los, vão ter uma guerra civil, acrescentou Mubarak.
Mubarak pronunciou estas palavras antes do ataque suicida, condenado pelo presidente abbas, que matou cinco israelitas a 26 de Outubro. O primeiro-ministro israelita ariel Sharon prometeu lançar uma grande ofensiva, afirmando que os palestinianos falharam na luta contra o terrorismo.
Israel insiste que não pode haver negociações até que os palestinianos desarmem os seus militantes, é uma condição prévia para avançar com o mapa da estrada que traça o caminho a seguir para a paz. Também os Estados Unidos apelaram ao desarmamento dos militantes palestinianos, mas não faz desse factor uma condição para avançar com as negociações
Por seu lado os palestinianos acusam Israel de não cumprir as suas obrigações de pôr termo à construção de colonatos na parte oriental de Jerusalém e na Faixa de Gaza, e de remover colonos não autorizados.
Mubarak apelou a um encontro urgente entre ariel Sharon e abbas. Um encontro agendado para este mês já foi adiado.
O Egipto foi o primeiro país árabe a assinar a paz com Israel, num tratado de 1979. teve um papel activo na mediação do conflito israelo-palestiniano. Em Setembro o Egipto reforçou a segurança da sua fronteira para evitar o contrabando de armas para Gaza, depois de Israel ter retirados as suas forças, pondo termo a 38 anos de ocupação.