Perante relatório que revela que mais de metade das mulheres grávidas envolvidas num estudo não teve acesso a cuidados de saúde, os Médicos do Mundo pedem à Europa que assegure «sistemas de saúde públicos universais baseados na solidariedade»
Perante relatório que revela que mais de metade das mulheres grávidas envolvidas num estudo não teve acesso a cuidados de saúde, os Médicos do Mundo pedem à Europa que assegure «sistemas de saúde públicos universais baseados na solidariedade»Mais de metade das grávidas consultadas na Europa no último ano pela associação Médicos do Mundo (MdM) não tinha acesso a cuidados pré-natais e apenas um terço das crianças tinha sido vacinada contra a papeira, sarampo e rubéola. Os dados fazem parte do relatório europeu acesso à saúde pelas pessoas que enfrentam múltiplas vulnerabilidades nesta área. Obstáculos no acesso à saúde pelas crianças e grávidas na Europa.

O documento foi apresentado pela Rede Internacional da Médicos do Mundo, na última segunda-feira, 18 de maio, em Londres (Inglaterra). O estudo é fundamentado em 41. 238 consultas médicas e sociais com 22. 171 pessoas em nove países europeus em 2014. Em comunicado, a MdM apela aos Estados-membros e instituições da União Europeia (UE) para que assegurem sistemas de saúde públicos universais baseados na solidariedade, igualdade e equidade, abertos a todos os que vivem num dos Estados-membros.

Segundo a organização, todas as crianças que residem na Europa devem ter total acesso aos programas nacionais de imunização e a cuidados pediátricos. além disso, todas as grávidas devem ter acesso à interrupção da gravidez, cuidados pré e pós-natais e partos seguros. Os Médicos do Mundo apelam a todos os profissionais de saúde para que assegurem os cuidados a todos os doentes independentemente do seu estatuto ou das barreiras legais existentes, de acordo com a Declaração dos Direitos dos Doentes da associação Médica Mundial.