Governo diz ter acolhido mais de 120 mil imigrantes clandestinos e lançou um apelo ao regime de Myanmar, para que tome medidas para acabar com o êxodo nas zonas costeiras
Governo diz ter acolhido mais de 120 mil imigrantes clandestinos e lançou um apelo ao regime de Myanmar, para que tome medidas para acabar com o êxodo nas zonas costeiras Depois das Nações Unidas terem convidado a associação de nações do Sudeste asiático a não rejeitar as embarcações de migrantes rohingya e bengaleses, que fogem da opressão e da pobreza, o governo da Malásia veio agora pedir a Myanmar que ponha fim ao êxodo nas zonas costeiras do estado de arakan. O vice-primeiro ministro malaio, Muhyiddin Yassin, alega que o seu país já acolheu mais de 120 mil imigrantes clandestinos e desafia as autoridades da ex-Birmânia a assumirem as suas próprias responsabilidades nesta grave crise humanitária. Nos últimos meses, o endurecimento das medidas das autoridades tailandesas contra os criminosos que exploram os rohingya e outros grupos de migrantes que procuram melhores condições de vida no estrangeiro, fez deslocar para a Malásia e a Indonésia boa parte do tráfico ilegal. E os líderes dos países da Sudeste asiático não têm conseguido chegar a um consenso para a aplicação de ações concretas. Enquanto isso, a Malásia, Indonésia e Tailândia têm devolvido ao mar muitos dos barcos sobrelotados de migrantes, numa atitude que a Organização Internacional de Migrações (OIM) já qualificou de pingue-pongue marítimo com vidas humanas. Muitos dos migrantes tentam fugir de Myanmar por razões económicas e humanitárias e por receio de violência étnica e religiosa.