Bento XVI, com uma decisão extraordinária, não prevista pela metodologia sinodal, decidiu tornar públicas as 50 «proposições» que lhe apresentou o Sínodo dos bispos da Eucaristia.
Bento XVI, com uma decisão extraordinária, não prevista pela metodologia sinodal, decidiu tornar públicas as 50 «proposições» que lhe apresentou o Sínodo dos bispos da Eucaristia. as propostas que a assembleia elaborou, se converterão na base para que o Papa redija a exortação apostólica pós-sinodal na qual, como ele anunciou ao rezar o angelus sairá o perfil do rosto da comunidade católica, que na Eucaristia encontra sua força e unidade.
a Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos, ao anunciar a decisão do Santo Padre de publicar as proposições, declarou que estas só se apresentarão numa tradução italiana não oficial do original em latim, que manterá a sua confidencialidade.
Os 252 padres sinodais, depois de pedirem ao pontífice a redacção dessa exortação sobre a Eucaristia, constatam na Proposição 2 a benéfica influência que a reforma litúrgica aplicada a partir do Concílio Vaticano teve para a vida da Igreja.
a Proposição 6 alenta intensamente a adoração eucarística. a Proposição 7 sublinha a relação entre Eucaristia e sacramento da Reconciliação, recordando que a digna recepção da Eucaristia exige o estado de graça.
a Proposição 8, sobre Eucaristia e sacramento do Matrimónio encoraja a espiritualidade matrimonial. Sobre este argumento, a Proposição 40, sobre os divorciados novamente casados, partilha a sofrida preocupação expressa por muitos Padres, e insiste na importância de uma postura e de uma acção pastoral de atenção e de acolhimento aos fiéis divorciados e que se casaram novamente.
Segundo a Tradição da Igreja católica, esses não podem ser admitidos à Santa Comunhão, encontrando-se em condição de objectivo contraste com a Palavra do Senhor que reportou o matrimónio ao valor originário da indissolubilidade. Encorajando-lhes a que participem em todas as dimensões da vida da Igreja, o Sínodo promove o carácter pastoral, a presença e a correcta e solícita actividade dos tribunais eclesiásticos para as causas de nulidade matrimonial.
a Proposição 10 sobre as assembleias Dominicais na ausência de Sacerdote pede que não se confundam com a santa missa e que as Conferências episcopais publiquem textos de ajuda para explicar o significado da celebração da Palavra de Deus com a distribuição da Comunhão e as normas que a regulam.
a Proposição 11 confronta o desafio da escassez de sacerdotes, afirmando que o recurso à hipótese da ordenação sacerdotal dos viri probati — homens já casados de provada virtude–, foi considerada como um caminho que não há que se recorrer.
O Sínodo pede no entanto aos pastores que promovam as vocações sacerdotais, os encoraja a descobri-las e a converter-se em arautos, começando pelos rapazes, e prestando atenção aos acólitos.
Em particular, convida a não ter medo de apresentar aos jovens a radicalidade do seguimento de Cristo e a sensibilizar as famílias, que em alguns casos são indiferentes ou até mesmo contrárias. Insiste em cultivar a oração pelas vocações em todas as comunidades e em todo âmbito eclesial.
Como proposta muito concreta, a Proposição 17 pede para se redigir um Compêndio sobre a Eucaristia que reúna todos os elementos litúrgicos, doutrinais, catequéticos e de devoção sobre a Eucaristia para ajudar a desenvolver a fé e a piedade eucarística.
Outra sugestão específica está formulada pela Proposição 23 ao pedir que se avalie se o gesto da paz não deveria ter lugar em outro momento da celebração, tendo também em conta costumes antigos e veneráveis. Sublinha-se que antes da Comunhão, em certas ocasiões, pode gerar distracção.
a Proposição 24 pede novas fórmulas para a saudação final da missa, Podeis ir em paz (Ite missa est). O Sínodo sugere bênçãos solenes, oração sobre o povo, etc. , que sublinhem a missão no mundo dos fieis que participaram na Eucaristia.
a Proposição 41 recorda que a Eucaristia é o símbolo da plena comunhão da Igreja. Por isso, pedimos que os cristãos não católicos compreendam e respeitem o facto de que para nós, segunda toda tradição biblicamente fundamentada, a Comunhão eucarística e a comunhão eclesial estão intimamente unidas e, portanto, a Comunhão eucarística com os cristãos não católicos não é geralmente possível. Fica mais excluída ainda a concelebração ecuménica.
ao mesmo tempo deveria esclarecer-se que para a salvação pessoal a admissão de cristãos não católicos à Eucaristia, ao sacramento da Penitência e à Unção dos Enfermos, em determinadas situações individuais sob condições precisas é possível e até mesmo recomendada. Estas condições são expressadas claramente pelo magistério papal e pelo Código de Direito Canónico.
a Proposição 46 exige a coerência eucarística aos políticos e legisladores católicos e recorda-lhes a sua grave responsabilidade social quando apresentam e apoiam leis iníquas.
a Proposição 47 ilustra a relação entre Eucaristia e ecologia, a
as proposições concluem apresentando a Maria como Mulher eucarística, expressão de João Paulo II. (agência ZENIT)