líderes de grupos armados centro-africanos comprometem-se a libertar milhares de crianças e acabar com o recrutamento de menores. Estima-se que os movimentos rebeldes tenham nas suas fileiras perto de 10 mil jovens
líderes de grupos armados centro-africanos comprometem-se a libertar milhares de crianças e acabar com o recrutamento de menores. Estima-se que os movimentos rebeldes tenham nas suas fileiras perto de 10 mil jovens Muitas das crianças que integram os diferentes grupos armados que atuam há vários anos na República Centro-africana (RCa) poderão ser libertadas em breve ao abrigo de um acordo assinado esta terça-feira, 5 de maio, na capital do país. O compromisso representa uma importante etapa na proteção das crianças, afirma o representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Segundo Mohamed Malick Fall, os líderes de oito grupos armados também concordaram em dar à organização acesso imediato e sem restrições às zonas que controlam, o que é pelo menos um ponto de partida para ultrapassar o flagelo das crianças soldado. O calendário para a libertação dos menores não foi ainda determinado. a RC a vive um cenário de caos desde a destituição, em março de 2013, do Presidente François Bozizé por Michel Djotodia, que liderou uma rebelião maioritariamente muçulmana, dos Seleka, e cometeu atos de violência e abusos contra a população desde que chegou ao poder. Em reação, as milícias de autodefesa anti-Balaka atacaram os civis muçulmanos. O acordo agora assinado em Bangui contou com a presença dos principais protagonistas da crise que tem vindo a abalar o país nos últimos dois anos: os representantes da coligação Seleka e das milícias anti-Balaka. Neste momento, estima-se que integram os grupos armados entre seis mil a 10 mil crianças.