Milhares de mulheres continuarem a morrer todos os dias devido a complicações na gravidez e no parto, que podiam ser evitadas se houvesse mais parteiras, alertam as Nações Unidas

Milhares de mulheres continuarem a morrer todos os dias devido a complicações na gravidez e no parto, que podiam ser evitadas se houvesse mais parteiras, alertam as Nações Unidas
O Dia Internacional da Parteira é comemorado esta terça-feira, 5 de maio. Nesta data, os responsáveis pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPa) destacam que as parteiras podem fazer a diferença entre a vida e a morte para cerca de 300 mil mulheres todos os anos. Em relação às crianças, o número por ser dez vezes maior.
a agência das Nações Unidas destaca que além dos cuidados com as mulheres durante e depois do parto, as parteiras fornecem uma ampla assistência como a promoção dos direitos de mulheres e raparigas, apoio em situações humanitárias de emergência, aconselhamento em planeamento familiar e saúde reprodutiva.
Contudo, de acordo com o UNFPa, existe uma grande falta de parteiras em todo o mundo. Numa mensagem para assinalar a efeméride, Babatunde Osotimehin, diretor-executivo do UNFPa, indica que a mortalidade materna caiu em cerca de 50 por cento, de estimativas de 523 mil em 1990, para 289 mil na última contagem. O responsável destaca que este avanço é bem-vindo mas, não é suficiente.
Segundo Babatunde Osotimehin, citado pela Rádio ONU, cerca de 800 mulheres continuam a morrer diariamente devido a complicações na gravidez e no parto. a agência pede mais investimentos para aumentar o número de parteiras e aperfeiçoar a qualidade e o alcance dos seus serviços. Para o responsável, um forte compromisso político e investimentos em parteiras são necessários para salvar milhões de vidas todos os anos. O UNFP a financia mais de 250 escolas com livros, equipamentos e professores, tendo já ajudado a treinar mais de 15 mil parteiras em todo o mundo.