a expetativa de vida para homens e mulheres tem aumentado nos últimos anos, mas o mesmo não se pode dizer dos nascimentos. Há necessidade de políticas adequadas por parte do Governo pois trata-se de um problema nacional
a expetativa de vida para homens e mulheres tem aumentado nos últimos anos, mas o mesmo não se pode dizer dos nascimentos. Há necessidade de políticas adequadas por parte do Governo pois trata-se de um problema nacionalO Instituto Nacional de Estatística (INE) acaba de publicar os números referentes a 2014 das estatísticas vitais e verifica-se que os nascimentos voltaram a descer pelo sexto ano consecutivo. Já no que respeita a óbitos o número é inferior ao ano transato, o que acontece também em igual período, assim, Portugal regista um saldo natural negativo, embora menor em 2014. Quanto ao número de casamentos celebrados em Portugal, este manteve a tendência decrescente observada nos últimos anos.
Resumindo: Há menos nascimentos, mais óbitos (apesar de haver subido a expectativa de vida) e os casamentos continuam em declínio. É evidente que quanto menos casais houver, menos filhos poderão nascer. assim vai a nossa sociedade.

Perante as estatísticas agora reveladas e na ausência de uma política concreta para fazer inverter estes números por parte do Governo, torna-se imperioso que os partidos políticosabandonem a sua postura de cavar ainda mais o fosso da renovação de gerações. Trata-se de um problema muito grave para o nosso país que devia merecer a primazia sobre os outros, pois sem a renovação de gerações todas as políticas económicas, ou outras, não fazem sentido. O fato de atravessarmos uma crise económica difícil não impede que as prioridades não possam ser alteradas, pois dinheiro e meios há, só que as opções de quem tem responsabilidade neste país continuam a primar pelos interesses partidários e individuais, deixando o interesse coletivo na valeta.

Todos os estudos e previsões conhecidos em relação ao nosso país apontam para uma diminuição cada vez mais acentuada da população, ao ponto de se prever alterações económicas e sociais que poderão constituir uma catástrofe muito brevemente.
Poderão refutar: mas na Europa, e mesmo em muitos outros países, isso também já está a acontecer. É verdade, mas o nosso povo tem um provérbio que devemos lembrar: Com o mal dos outros posso eu muito bem. Traduzido em linguagem simples quer dizer que nós teremos que resolver o nosso problema e os outros o que lhe diz respeito. Os estudos e previsões sobre a demografia mundial são mesmo alarmantes, caso as políticas dos países não sejam revistas rapidamente.

Estamos convitos de que o problema da renovação de gerações só poderá ser atacado com políticas eficazes de apoio e incentivo às famílias, e para isso seria necessário que os partidos, especialmente os do chamado arco do poder, criassem um programa específico que tivesse um horizonte de mais de uma década. O problema que poderá impedir um programa assim será a dificuldade em convencer os partidos da importância de uma união para atingir estes objetivos, pois políticos e partidos atuam como os donos disto tudo, não dando a devida importância às pessoas.com eleições à porta, vamos ver se há candidatos, ou entidades políticas, com coragem para apresentar e definir um plano nacional de apoio à família.

Sabemos que a classe política atual está pelas ruas da amargura, ou seja, elaboram toda a sua estratégia tendo em vista a conquista do poder, mesmo a qualquer preço, como tem acontecido. Se os partidos que compõem o atual Governo não forem mais sensíveis ao social, podem estar certos de que parte dos votos vai fugir para outros cujas políticas se arrogam do social e então teremos mais uma oportunidade perdida, ou não. as pessoas estão cansadas de promessas não cumpridas e algum dia pode acontecer o previsível: os políticos estarem de um lado e as pessoas do outro e isso trará consequências pouco agradáveis para todos.