Descrevendo um triste cenário em vários países, a agência acção Humanitária Internacional publicou o relatório “Liberdade de quem: Objectivos do Milénio, como se as pessoas contassem”.
Descrevendo um triste cenário em vários países, a agência acção Humanitária Internacional publicou o relatório “Liberdade de quem: Objectivos do Milénio, como se as pessoas contassem”. No final de cada dia, mais de 800 milhões de pessoas vão para a cama sem comer, e 30 mil crianças morreram devido à pobreza, desnutrição e doenças, pode ler-se no relatório.
John Samuel, director internacional da acção Humanitária Internacional (aaI), ao fazer público o relatório em Dacca, capital do Bangladesh, disse que a falta de equidade entre as nações, e dentro das próprias nações, continua a ser evidente e em muitos casos o fosso está a aumentar. Samuel classificou o relatório como uma expressão de agonia, dor e descontentamento de umas 350 mil pessoas.
Mesmo em países com grande crescimento económico e considerados desenvolvidos, há milhões de pessoas privadas dos benefícios do crescimento e desenvolvimento, apelando aos países ricos para que mantenham a sua promessa de dedicar 0,7 por cento do produto interno bruto dedicado à ajuda humanitária.
a aaI sugeriu também o perdão incondicional do injusto e ilícito débito dos países mais pobres e fez um apelo às Nações Unidas para que acelerem e cumpram os Objectivos do Milénio, que incluem a diminuição da pobreza no mundo para metade até 2015.
O director da aaI disse também que é importante que os países em desenvolvimento, e outros, que estes não sejam reféns de um país. O Fundo Monetário Internacional pode desligar a ajuda humanitária internacional para qualquer país que, segundo os seus critérios, não satisfaça a opção macroeconómica acordada, acrescentou.
Concluiu, dizendo que a pobreza não é só a falta de um dólar por dia, mas sim, ser privado dos seus direitos cada dia. a pobreza é como uma ferida que recusa ser curada.
a aaI é uma organização de parceria de várias pessoas espalhadas pelo mundo que trabalham com os mais pobres de 47 países. O seu objectivo é erradicar a pobreza do mundo através de parcerias com organizações não governamentais, coordenando o trabalho no terreno e promovendo os direitos humanos.