Com mais de 900 mil pessoas deslocadas à força nos últimos 15 meses, a crise centro-africana está a converter-se na «maior emergência humanitária esquecida do nosso tempo», assinala a agência da ONU para o Refugiados
Com mais de 900 mil pessoas deslocadas à força nos últimos 15 meses, a crise centro-africana está a converter-se na «maior emergência humanitária esquecida do nosso tempo», assinala a agência da ONU para o Refugiados a coordenadora humanitária do alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (aCNUR) na República Centro-africana, Claire Bourgeois, alertou esta semana para a crise humanitária que se vive no país, e que ameaça transformar-se na maior emergência esquecida do nosso tempo. Não podemos responder à crise humanitária se as raízes do conflito, isto é a política e a segurança, não são atendidos, disse a responsável. Segundo Bourgeois, os conflitos dos últimos 15 meses obrigaram mais de 460 mil centro-africanos a procurar refúgio nos países vizinhos e provocaram cerca de 436 mil deslocados internos. até agora, a aCNUR conseguiu apenas 14 por cento dos fundos necessários para assegurar ajuda à população. Por outro lado, as equipas humanitárias enfrentam grandes dificuldades no terreno, já que o governo de transição não consegue restaurar a ordem no país.