a liberdade é um direito natural que Deus concedeu ao Homem. Muito se tem falado em liberdade, especialmente Política, mas há tantas liberdades a que o ser humano tem direito que lhe são negadas diariamente
a liberdade é um direito natural que Deus concedeu ao Homem. Muito se tem falado em liberdade, especialmente Política, mas há tantas liberdades a que o ser humano tem direito que lhe são negadas diariamente a palavra liberdade foi ontem entoada com vigor nas manifestações de rua, nomeadamente nas grandes cidades, graças à comemoração do 25 de abril. Muito folclore político, muitas palavras de ordem, mais ou menos orquestradas, foram contribuindo para a festa de algumas instituições e partidos.
as liberdades individuais e coletivas, que fazem parte da Constituição Portuguesa (CP), são constantemente invocadas sobretudo pelos políticos, embora por vezes com finalidades diferentes. Contudo, mesmo essas que estão em letra de forma na CP são, na maior parte dos casos, cerceadas pelos próprios políticos, sobretudo aqueles que têm a responsabilidade da governação. Mas não só.

Dizem os políticos de todas as cores que foi graças ao golpe (ou revolução, como incorretamente apelidam o 25 de abril) que hoje temos liberdade de expressão – política entenda-se – o que corresponde à verdade. aquilo que não se diz é que quem mais reclama liberdade são aqueles que normalmente também a cortam, o caso dos sindicatos pós-25 de abril é apenas uma das realidades deste fato.
Se olharmos com atenção para os partidos políticos existentes em Portugal, verificamos que estes também não praticam a liberdade dentro de portas. Pelo contrário, têm uma organização rígida, pois só assim conseguem uma obediência seguidista para atingirem os patamares do poder, aqueles que o conseguem. Mas os que não atingem o poder também não são dados a dar liberdade, especialmente a de expressão, aos seus militantes.

a liberdade não pode ser conotada exclusivamente à política, embora seja um dos setores mais importantes da nossa sociedade. O homem tende a esquecer a origem das coisas, pois há outro tipo de liberdade que não pode ser olvidada, sob pena de não podermos usufruir do bem que ela nos poderá proporcionar. Se a liberdade de expressão é importante, não o é menos, por exemplo a liberdade religiosa e a liberdade da pessoa – quantas vezes violada por quem não o devia fazer.
Um dos exemplos mais flagrantes da negação da liberdade pessoal, que deveria ser respeitada na pessoa do cidadão, é a forma como as entidades fiscais deste país tratam os contribuintes pondo a nu todo o sigilo quando estes prevaricam, ou não!

O uso da liberdade, para que seja útil a todos, tem de ser condimentado com uma pitada de bom senso e uma grande dose de responsabilidade. Só assim é possível usufruir dela plenamente. Liberdade sem responsabilidade é o caos.
Mas também é necessário lembrar que o exercício da liberdade, especialmente a nível individual – e mesmo em sociedade – é cada vez mais um mito. Senão vejamos: as pessoas utilizam a sua liberdade para manifestar os seus gostos e tudo o mais, por exemplo, no facebook. Logo aquilo que é uma liberdade individual passa ao conhecimento de todos e a liberdade da pessoa fica condicionada perante os outros.

Mas o essencial da liberdade ainda consiste na vontade de cada pessoa, quem quer usufruir da liberdade, logo o pensa e assim age. O poeta dizia que não há machado que corte a raiz do pensamento. Mas também é verdade que quem almeja a liberdade tem que lutar por ela. E só compensa lutar pela verdadeira liberdade, aquela que o Criador nos concedeu.
Se Deus nos deu a liberdade de graça, como tudo o resto, por que será necessário lutar por ela para a conservar? Sim, é preciso, por que houve milhões de pessoas que deram a sua vida para que outros pudessem beneficiar dela. Os carrascos da liberdade não tiram apenas a liberdade, mas também a vida!