O padre Joaquim Carreira foi declarado «Justo entre as Nações» por ter salvo judeus em Roma. O antigo reitor do Colégio Pontifício Português da capital italiana vai integrar a mesma lista onde está aristides de Sousa Mendes
O padre Joaquim Carreira foi declarado «Justo entre as Nações» por ter salvo judeus em Roma. O antigo reitor do Colégio Pontifício Português da capital italiana vai integrar a mesma lista onde está aristides de Sousa Mendes
a medalha e o certificado de honra Justo entre as Nações, do Instituto Yad Vashem, serão entregues à família de monsenhor Joaquim Carreira, esta quarta-feira, 15 de abril. a entrega será feita pela Embaixada de Israel e a Comunidade Israelita de Lisboa. Caberá a Tzipora Rimon, embaixadora de Israel em Portugal, entregar a distinção, durante o ato solene em homenagem às vítimas do Holocausto, na sinagoga Shaaré Tikvá, em Lisboa, pelas 19h45.
O Yad Vashem, Memorial do Holocausto de Jerusalém, concedeu, o ano passado, o título de Justo entre as Nações a Joaquim Carreira, religioso e vice-reitor e reitor do Colégio Pontifício Português, de Roma, entre 1940 e 1954. O sacerdote católico nasceu em 1908 numa aldeia próxima de Fátima, foi ordenado padre em plena II Guerra Mundial, mudou-se para Roma, que viria a ser ocupada pelos nazis em setembro de 1943, e deu abrigo a várias pessoas perseguidas pelos nazis.
O título de Justo entre as Nações distingue aqueles que salvaram judeus durante o Holocausto, comprometendo as suas próprias vidas e é a maior distinção concedida por Israel a pessoas que não professam a fé judaica. Joaquim Carreira passa a ser o quarto português a ser declarado Justo, depois de aristides de Sousa Mendes, cônsul português em Bordéus, Carlos Sampayo Garrido, embaixador de Portugal na Hungria, e José Brito Mendes, operário português casado com uma francesa e residente em França, que salvou uma menina, filha de judeus.
as pessoas declaradas Justo entre as Nações são agraciadas com uma medalha e um certificado de honra. além disso, os seus nomes são inscritos no mural de honra do Jardim dos Justos, do Yad Vashem, onde uma pequena floresta de árvores laureia também os seus nomes.