“¦Tomé, disse Jesus. Não sejas incrédulo, mas crente. Disse Tomé a Jesus: “Meu Senhor e meu Deus!”
“¦Tomé, disse Jesus. Não sejas incrédulo, mas crente. Disse Tomé a Jesus: “Meu Senhor e meu Deus!”Misericórdia’ vem das duas palavras misero corde’ que podemos traduzir por coração amargurado’. É esta, sem dúvida, uma das características mais persistentes na sociedade dos nossos dias. Muitas são as causas: individuais, familiares, de grupo, nacionais. a situação económica, uma oferta desenfreada de felicidade se compramos ou fazemos, certas coisas – sem se considerar a justiça, a moralidade, a espiritualidade dos meios para adquir essa felicidade – isto e outras razões levam-nos a uma reação de solidão que muito reduz o sentido de realização nossa e dos indivíduos à nossa volta. É bem conhecido o fato entre nós que muitas pessoas vivem nesta ansiedade e por vezes recorrem a meios extremos por falta de apoio de alguém que lhes prodigue o carinho de que precisam. a frieza e o gelo que moram em certas organizações, mesmo em algumas cuja finalidade por vocação seria prodigar alento e confiança aos mais necessitados, frieza esta que é profundamente contrária a todos os princípios humanos, espirituais e divinos, é causa de muita dor. ao mesmo tempo sabemos como inúmeras pessoas de todas os estratos da população se prodigam em ajudar estes indivíduos a reganharem confiança na vida. Os gestos de carinho que prodigam aos que vivem na solidão são gestos fáceis e obram maravilhas no coração de quem deles precisa. Diante de tais perspetivas, o Santo Papa João Paulo II declarou o Segundo Domingo de Páscoa Dia da Misericórdia. Misericórdia, primeiro, que a nós é dada por Deus. Já depois de morto na cruz, foi o lado de Cristo trespassado por uma lança. Essa lança abriu uma porta para o coração de Cristo que nada nunca poderá fechar, nem os mais numerosos e tristes desacatos e pecados. Uma porta para o amor, o carinho que o Senhor Jesus, agora como já durante a sua vida na terra, mostrava aos mais necessitados, a ponto de se comover e chorar diante de situações de dor: Pecadores publicamente vituperados; crianças e jovens mortos que ele ressuscitou e amorosamente entregava vivos aos pais; milagres feitos a gente com toda a espécie de doenças físicas, psicológicas e espirituais E misericórdia que devemos nós prodigar aos outros. É pena que nos nossos dias, certos membros duma sociedade friamente calculadora em enriquecer-se a si própria de riqueza, de fama e prazer, sintam desprezo pela dor dos que pouca alegria sentem. Relacionamento frio e calculado que gela a alegria e o amor na vida de muita gente. a solidão é um dos sentimentos mais amargos e dolorosos de tanta gente nos nossos dias. Este Domingo e esta semana deveriam ser uma ocasião para nos olharmos ao espelho e detetar talvez em nós próprios esse gelo que nos leva a não prodigar à nossa volta os gestos de fraternidade sentida que tanto podem mudar o desespero de tantas vidas. ajude-nos a Mãe Consoladora que, de todo o seu coração, quer fazer jardins de delícias para os que pouco ou nada de conforto encontram na família humana.