«O que mais me atraiu inicialmente foi o entusiasmo e a alegria das irmãs da aliança que conhecia. a sua felicidade era contagiante e eu queria ser tão feliz como elas. Queria comungar do seu estilo de vida»
«O que mais me atraiu inicialmente foi o entusiasmo e a alegria das irmãs da aliança que conhecia. a sua felicidade era contagiante e eu queria ser tão feliz como elas. Queria comungar do seu estilo de vida»ângela Coelho tem 43 anos, é superiora da comunidade de Fátima da congregação da aliança de Santa Maria, postuladora da causa da canonização dos beatos Jacinta e Francisco Marto, vice-postuladora do processo de beatificação da Irmã Lúcia e médica. ainda jovem, deixou-se contagiar pela radicalidade da vivência do EvangelhoFátima Missionária É uma apaixonada pela vida e obra da Irmã Lúcia. O que mais a impressionou na vida da vidente? ângela Coelho a longa vida da Irmã Lúcia foi toda ela dedicada à difusão dos apelos de Nossa Senhora, em Fátima. admiro a fidelidade desta mulher à missão que lhe foi confiada, a sua docilidade a Deus e a dedicação persistente no meio das muitas dificuldades, procurando configurar-se com Jesus e com o seu mistério pascal. Tendo contemplado o rosto da Senhora mais brilhante do que o sol, Lúcia não perdeu nunca uma visão muito perspicaz do mundo que a rodeava e o sentido muito prático da vida. FM Entre os seus muitos afazeres, qual o papel que ocupa a oração na sua vida? aC a oração é o espaço em que cultivo a minha relação pessoal com Jesus. É o tempo em que Lhe entrego tudo o que trago no meu coração e Lhe peço que caminhe comigo e viva comigo a minha vida, as minhas preocupações, as minhas tarefas. É o ponto de partida e de chegada da minha vida toda e de todos os meus afazeres. Nesse sentido, a oração é prioritária, como alimento da minha vida de fé, mas também como fonte unificadora e plenificadora das diferentes dimensões da minha consagração a Deus. Sem oração não me entendo, nem entendo a vida consagrada. FM Lembra-se do momento em que decidiu ser consagrada? Que convicção a levou a seguir este caminho? aC Recordo perfeitamente o momento em que senti que o Senhor Jesus me chamava para Lhe pertencer totalmente através de uma consagração religiosa. Tinha, então, 13 anos. Obviamente, as motivações que me levariam, mais tarde, a deixar tudo para seguir Jesus, na aliança de Santa Maria, foram sendo aprofundadas e até purificadas. O que mais me atraiu inicialmente foi o entusiasmo e a alegria das irmãs da aliança que conhecia. a sua felicidade era contagiante e eu queria ser tão feliz como elas. Queria comungar do seu estilo de vida. Posteriormente, deixei-me entusiasmar pela radicalidade na vivência do Evangelho, um entusiasmo que devagarinho se foi tornando em paixão absoluta por Jesus. Para o meu discernimento foi também importante a dedicação desta comunidade religiosa à Mensagem de Fátima e à tarefa evangelizadora através do Coração Imaculado de Maria.