Trata-se de uma linha de crédito criada pelo governo português para apoiar empresas que têm relações comerciais com angola
Trata-se de uma linha de crédito criada pelo governo português para apoiar empresas que têm relações comerciais com angola a decisão foi tomada quinta-feira, 2 deabril, pelo Conselho de Ministros. a verba estará disponível ainda este mês através da banca comercial, e terá uma maturidade até dois anos e um período de carência de 12 meses. Em conferência de imprensa, o ministro da Economia, antónio Pires de Lima, explicou que cada uma das empresas poderá ter acesso a um crédito de 1,5 milhões de euros, o limite imposto pelo governo para que este apoio não seja entendido como ajuda de Estado. Nas contas do governo, se a linha vier a ser esgotada há pelo menos 333 empresas que poderão ser apoiadas, mas Pires de Lisma deixou ainda em aberto a possibilidade do governo lançar instrumentos adicionais em função da avaliação da situação no país. a decisão surge na sequência da queda acelerada das vendas para angola que no mês dejaneiro recuaram 26,4 por cento em termos homólogos e 32,9 por cento face ao mês anterior, reflexo do baixo preço do petróleo nos mercados internacionais, que tem penalizado a economia angolana e obrigou à elaboração de um orçamentoretificativo. Pires de Lima destacou ainda que 6,5 por cento das exportações nacionais são para angola, um país que conta já com cerca de 10 mil empresas portuguesas, e realçou que se trata de uma iniciativa proativa para evitar que empresas portuguesas, por uma conjuntura que acreditamos ser circunstancial, não sejam obrigadas a regressar ou a fechar a sua atividade em angola. Para o Ministro da Economia, ao ajudarmos as empresas estamos a ajudar, de forma direta ou indireta, a comunidade portuguesa que vive em angola. Já em relação ao caso especifico das empresas de construção, Pires de Lima diz tratar-se de uma situação diferente, porque o problema é de falta de mercado.