a menor disponibilidade de água e o aumento da procura fez crescer o número de conflitos e a quantidade de famílias envolvidas em disputas no Brasil. O estado do Pará é o que regista mais casos
a menor disponibilidade de água e o aumento da procura fez crescer o número de conflitos e a quantidade de famílias envolvidas em disputas no Brasil. O estado do Pará é o que regista mais casos a Comissão Pastoral da Terra (CPT) fez um estudo aos conflitos pela água no Brasil e concluiu que 2014 foi o ano com o maior número de escaramuças e com mais famílias envolvidas na última década. O relatório, que só será publicado em abril, revela que desde 2005 estiveram envolvidas nos conflitos 322. 508 famílias, sendo o estado do Pará o que registou maior número de desentendimentos na luta pelo acesso ao precioso líquido. Para Roberto Malvezzi, da CPT, a liderança do Pará deve-se, sobretudo, à construção da barragem de Belo Monte. Em segundo lugar surge o estado do Rio de Janeiro, onde está implantado o complexo industrial da Companhia Siderúrgica do atlântico, com consequências para a vida de 8. 000 famílias. Minas Gerais ocupa o terceiro lugar, com 26. 179 famílias envolvidas em conflitos por barragens e açudes, a partir de construções do governo federal e de empresas nacionais e internacionais, disse o responsável à adital. O futuro é complicado e incerto. a civilização brasileira tem interferido diretamente no ciclo das águas. Os cientistas alertam que a destruição da mata prejudica a capacidade de fornecimento de água e compromete os aquíferos, enquanto as monoculturas interferem na biodiversidade, alerta Malvezzi, salientando que o Brasil não precisava passar pela crise hídrica que vem enfrentando.