O português que queria viver 60 dias em 60 aeroportos para conseguir verbas para ações solidárias desistiu do projeto, devido à deterioração do seu estado de saúde
O português que queria viver 60 dias em 60 aeroportos para conseguir verbas para ações solidárias desistiu do projeto, devido à deterioração do seu estado de saúdeFernando Pinho, um português que pretendia viver 60 dias em 60 aeroportos internacionais para angariar fundos para uma nova organização de solidariedade, desistiu do projeto devido a problemas de saúde. Quase 30 dias de malnutrição e sem dormir o suficiente deixaram-me em sofrimento fisicamente e emocionalmente e à beira do colapso. Os meus médicos aconselharam-me a ficar em Londres, disse esta quarta-feira, 1 de abril, à Rádio Renascença.
Desde o início de março, Fernando Pinho fez as suas refeições e dormiu no interior dos aeroportos do Porto, Lisboa, Madrid, Barcelona, Lyon, amsterdão, Salzburgo, Munique e Milão. Contudo, no final do mesmo mês, foi forçado a voltar à capital britânica, onde reside.
O português propôs-se a dormir em aeroportos após lançar um apelo de financiamento para o Projeto amélia, cujo objetivo é colocar à disposição de outras instituições de beneficência um avião para chegar gratuitamente a locais na Europa, África e Médio Oriente. a ideia é transportar médicos e enfermeiros até pessoas em regiões afetadas por desastres naturais, pobreza ou doenças e levar pessoas com doenças graves para tratamento médico não-urgente.
O avião poderá também transportar pessoas com doenças graves para realizar os seus sonhos, como é o caso da primeira missão, agendada para julho: levar crianças em estado avançado de cancro à Disneyland em Paris (França). através de financiamento coletivo (crowdfunding), o português angariou pouco mais de dez mil libras (cerca de 14 mil euros), 26 por cento da meta de 40 mil libras (55 mil euros), mas garante que a campanha vai perdurar até ao final do mês.