Grupos organizados dentro das prisões obrigam as mulheres a prostituir-se e a viver em condições degradantes, por vezes privadas de banho e até de comida. Muitas têm que dormir no chão
Grupos organizados dentro das prisões obrigam as mulheres a prostituir-se e a viver em condições degradantes, por vezes privadas de banho e até de comida. Muitas têm que dormir no chão
Um estudo às condições de vida em 77 dos 102 estabelecimentos prisionais mexicanos revelou um cenário de degradação e discriminação a que são submetidas as reclusas. Segundo a Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH), muitas das detidas são vítimas de grupos organizados dentro das cadeias, que as obrigam a prostituir-se e a ficar confinadas a pequenos espaços, privadas de banhos e até de comida. Os abusos sexuais e físicos estão na ordem do dia em grande parte das prisões, onde os guardas são subornados pelos líderes dos grupos, que se encontram alojados na secção dos homens. Enquanto em 51 cadeias as reclusas dormem no chão, entre insetos e ratos, noutras são obrigadas a prostituir-se. ao contrário, há detidas nas mesmas prisões que gozam de benefícios especiais, tendo acesso a celas privadas, com TV plasma, micro-ondas, frigorífico e telemóvel, revelam os investigadores da CNDH.