O alerta é do responsável da Mobilidade Humana na Conferência Episcopal Portuguesa, a propósito da queda nos alpes franceses do avião da Germanwings na sequência da qual morreram 150 pessoas
O alerta é do responsável da Mobilidade Humana na Conferência Episcopal Portuguesa, a propósito da queda nos alpes franceses do avião da Germanwings na sequência da qual morreram 150 pessoasEm declarações à Fátima Missionária, Vitalino Dantas, o bispo de Beja, considera que é fundamental o acompanhamento espiritual para além do apoio psicológico, mas reconhece falhas no comportamento da Igreja, da sociedade e do Estado. No caso dos transportes, da pastoral da estrada, da aviação e dos barcos não temos nada estruturado, mas da parte de quem constrói essas infraestruturas nem sequer pensam nisso, alerta o prelado que aponta o dedo: acham que como somos um estado laico, ninguém precisa desse apoio espiritual e religioso. Estamo-nos a enganar e a prestar um mau serviço, quer da parte da Igreja, quer da parte das empresas, quer do Estado que não têm isso em conta, diz Vitalino Dantas, recordando que o aeroporto de Lisboa chegou a ter um capelão, mas quando este saiu não foi nomeado um substituto. O bispo de Beja saúda, no entanto, a decisão do governo ao tornar obrigatória em todas as companhias aéreas com sede em Portugal (TaP, SaTa, Euroatlantic, White e HiFly) a presença de dois tripulantes em simultâneo no cockpit dos seus aviões. Um passo importante, sublinha o responsável da Mobilidade Humana na CEP, que deixa ainda um recado: É preciso pensar noutras medidas que são necessárias para possibilitar a segurança, mas, sobretudo, facilitar que as pessoas que viajam sintam que ali pertencem à família humana, são bem acolhidas, e não se sintam inseguras ou desprotegidas. Vitalino Dantas apresenta em nome da Igreja portuguesa as condolências aos familiares das vitimas, e deixa palavras de esperança na convicção de que por maiores que sejam os problemas, e se pense que a vida acabou ,ela continua nas mãos de Deus.