as autoridades concelhias e locais apresentaram recentemente o programa oficial das comemorações previstas pela sociedade civil para 2017. a importância desta data merecia um programa mais rico, de molde a envolver toda a sociedade portuguesa
as autoridades concelhias e locais apresentaram recentemente o programa oficial das comemorações previstas pela sociedade civil para 2017. a importância desta data merecia um programa mais rico, de molde a envolver toda a sociedade portuguesaCâmara Municipal de Ourém, Junta de Freguesia de Fátima e aciso (associação Empresarial Ourém-Fátima) apresentaram a semana passada o programa oficial das comemorações do centenário das aparições de Fátima. Este programa nasce da sociedade civil para complementar a comemoração do centenário foi assim que Paulo Fonseca, presidente da câmara de Ourém, o definiu. Toda esta organização tem um conjunto de premissas de base, desde logo o respeito inequívoco pela mensagem de Nossa Senhora e pela organização dos eventos que o próprio Santuário fará, aludiu o autarca. apelando à participação das pessoas e instituições, no sentido de melhorar o programa, o autarca fez notar que o país tem de entender que tem aqui uma das montras mais gloriosas.

Por outro lado, Francisco Vieira, presidente da aciso, explicou um pouco das dificuldades encontradas na elaboração do programa, que não está totalmente encerrado. Contudo, definiu as áreas de intervenção: atividades culturais; científicas; recreativas, desportivas, de lazer; atividades de dinamização económica; de requalificação urbana; de embelezamento urbano; e promoção nacional e internacional. a concentração dos eventos em 2017 é explicada como tendo uma dupla finalidade: Por um lado pretende festejar, por outro lado, tenta marcar no sentido de debater e propor documentos que fiquem e que marquem o momento.

Sem pretendermos desvalorizar o programa das comemorações, dado que é sempre positivo quando algo é feito, entendemos que este deveria ser mais rico e abrangente, pois limita-se a apresentar alguns eventos de temas já repetidos anteriormente. as novidades que tem, como os 100 anos da sociedade civil e os festivais, sabem a pouco.
Por outro lado, ao centrar-se em 2017, não aproveita devidamente o ano de 2015 e o de 2016, perdendo assim uma oportunidade única de chamar a atenção da sociedade civil para um acontecimento de nível mundial.como Francisco Vieira deu a entender, o problema poderá estar na falta de consenso entre as entidades organizadoras, o que neste caso não é benéfico e deixa uma imagem menos positiva da sociedade civil no envolvimento das comemorações.

Recordamos que o Santuário de Fátima traçou um programa de sete anos (apresentou em 2010 o conjunto dos temas e acontecimentos) de molde a preparar dignamente as celebrações dos cem anos das aparições de Nossa Senhora. O bispo de Leiria-Fátima, antónio Marto, referiu na apresentação, há cinco anos, que 2017 será um ano jubilar e uma forma de celebrar o momento histórico de louvor e ação de graças ao Senhor por este sinal de benevolência do seu amor. Será também: a comemoração de todas as graças que o Senhor distribuiu à humanidade e Igreja, através desta mensagem da Senhora vinda do céu. antónio Marto referiu ainda que a mensagem de Nossa Senhora é uma mensagem de luz e esperança para os nossos tempos.

O bispo de Leiria-Fátima lembrou o pedido de conversão permanente, oração contínua e a vocação à santidade que foi transmitida por Nossa Senhora a Lúcia. O âmago da mensagem é exatamente esse: a oração e a conversão das pessoas. Portanto a sua atualidade e importância são inequívocas.
O prestígio que Fátima atingiu em Portugal e no Mundo permitiu também o aproveitamento económico, por pessoas e instituições. Mas o essencial de Fátima ainda está no pedido de Nossa Senhora, convém que não o esqueçamos.