Conselho Geral da Cáritas Portuguesa deixou um apelo a todos os cristãos para que ajudem a instituição a lutar por um mundo mais justo e solidário, pois a complexidade dos problemas exige empenho cívico e generosidade
Conselho Geral da Cáritas Portuguesa deixou um apelo a todos os cristãos para que ajudem a instituição a lutar por um mundo mais justo e solidário, pois a complexidade dos problemas exige empenho cívico e generosidade Uma sociedade onde há pobreza não pode ser uma sociedade desenvolvida. aos cristãos compete levar o sonho realista de um mundo mais justo e solidário porque a complexidade dos problemas só se resolve com o empenho cívico e a generosidade dos cristãos. Esta foi uma das conclusões, em forma de apelo, saída do último Conselho Geral da Cáritas Portuguesa, realizado no fim de semana, no Porto. No documento final da reunião, os representantes de 19 da 20 Cáritas diocesanas lembraram a urgência em rasgar caminhos transparentes e não pactuar com os momentos de inércia, tendo em conta que o pobre não deve ser objeto, mas sempre sujeito, protagonista do seu desenvolvimento integral. Quanto à situação difícil em que se encontram muitas das famílias portuguesas, que herdaram um permanente estado de pobreza, foi defendido o reforço da cooperação entre a Igreja e o Estado, por forma a ajudar os mais necessitados a saírem desta exclusão persistente. Urge alargar fronteiras e chegar às periferias para que a revolução da ternura, como lhe chama o Papa Francisco, seja o verdadeiro guião desta caminhada. Todos os cristãos devem ser protagonistas deste desenvolvimento porque a grande profecia dos tempos novos é a centralidade da pessoa humana, pode ler-se no comunicado. Convidado a presidir ao encontro, o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, Jorge Ortiga, convidou os políticos a entrarem nas ruelas de algumas aldeias perdidas no interior do país, quando andam em campanha eleitoral, para verificarem as dificuldades em que vivem as pessoas, atingidas pela idade e pelo isolamento sociológico.