Será esta a Nova aliança que vou estabelecer com o meu povo: Hei-de pôr-lhes a minha Lei no íntimo da alma e gravá-la-ei no seu coração
Será esta a Nova aliança que vou estabelecer com o meu povo: Hei-de pôr-lhes a minha Lei no íntimo da alma e gravá-la-ei no seu coraçãoEu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Cada qual dirá: Todos eles me hão-de conhecer do mais pequeno ao maior. E hei-de perdoar-lhes os seus pecados e não mais recordarei as suas faltas diz-nos a 1a Leitura de hoje (Jeremias 31,33-34).
através de todos os tempos da História da Humanidade, o homem sentiu a necessidade de se relacionar com o Ente criador de todos os seres e de todas as coisas. O modo deste relacionamento tornou-se mais claro quando Deus, na plenitude dos tempos, decidiu revelar-se aos homens: primeiro no antigo Testamento, e principalmente no Novo Testamento por meio do seu próprio Filho Jesus Cristo que é realmente a Revelação de Deus.
Desde sempre, a ânsia mais profunda do ser humano foi viver, e ser capaz de aumentar a quantidade e a qualidade da sua vida. Mesmo antes e fora do âmbito da Revelação pelo Filho de Deus Jesus Cristo, sonhavam os homens com uma espécie de vida que não terminasse com a morte aqui na terra: Viver para além da morte.
Mas sempre houve obstáculos a uma vida cheia de vida. Continuamente foi a vida da humanidade marcada profundamente por desavenças que terminaram em mortes sem número causadas pelo egoísmo de indivíduos e de nações. E com o desenvolvimento das ciências, cada vez mais o homem se desenvencilhou da divindade, fazendo muitas vezes leis que violavam o bem geral da humanidade ou de certas áreas humanas. O homem emancipou-se de Deus decidindo estabelecer as leis que mais aproveitavam a certas camadas sociais, sem consultar as ordens instituidas por Deus que são as únicas a estabelecer um clima de paz baseada na igualdade e a fraternidade de todos. Deus não podia criar a humanidade e depois deixá-la abandonada a si própria: tinha de lhe dar leis cuja observância seria necessariamente a base da felicidade para todos os povos. Vemos, por exemplo, o falhanço total da situação aqui na nossa terra cuja governança podemos chamar uma amálgama de egoísmos sem rei nem roque que, não obstante todo o palavreado dos líderes, geram uma sociedade completamente dividida, infeliz, pobre e sem esperança: tudo porque abandonaram os princípios que Deus lhes deu para criar um ambiente de felicidade. Só numa obediência séria a Cristo pode vir a salvação para o nosso povo, como nos diz Paulo na 2a Leitura de hoje. Haverá possibilidade que os governantes compreendam que tudo devem fazer para o bem do povo e não para os seus próprios interesses egoístas? Sem Deus, nunca! O seu palavreado e as suas inépcias só servirão a cavar mais desesperos e sepulcros por esta terra além. Sólo Dios basta! E então, nada te turbe.