«E da nuvem fez-se ouvir uma voz que dizia: “Este é o meu Filho muito amado: Escutai-O’», diz-nos o Evangelho deste domingo. «Libertai-nos, ó Deus, de todas as nossas tribulações» ” pedimos no Cântico de Entrada
«E da nuvem fez-se ouvir uma voz que dizia: “Este é o meu Filho muito amado: Escutai-O’», diz-nos o Evangelho deste domingo. «Libertai-nos, ó Deus, de todas as nossas tribulações» ” pedimos no Cântico de Entrada a transfiguração de Jesus é o único ato da sua vida em que ele mostrou um pouco ser o Filho Unigénito e Deus. ao nascer em Belém da Virgem Santa Maria, a sua divindade apareceu-nos velada, escondida pela carne que de sua Mãe recebera por obra do Espírito Santo. a transfiguração revela que Cristo é verdadeiramente o Verbo eterno de Deus Pai. a nuvem e a voz que os discípulos viram e ouviram fazem lembrar o que aconteceu no Monte Sinai quando Deus deu os Mandamentos da sua Lei, e dizem-nos que Cristo é o cumprimento das promessas por Deus feitas no antigo Testamento. O seu rosto transformado brilhante como o sol, e as suas vestas brancas como a luz mostram-no-Lo como Rei vitorioso pelos séculos dos séculos. Nesta teofania, a voz de Deus afirma: Este é o meu Filho muito amado no qual pus todo o meu enlevo: Escutai-O! No trecho paralelo em Lucas (cap. 9, 28-36), Moisés e Elias aparecem ao lado de Jesus e com ele falam da morte que ele ia sofrer em Jerusalém (V/ 31). a tragédia humana dos nossos dias, e de tantos séculos, é que muita gente, especialmente entre os chefes que regem os destinos da humanidade rejeitam as palavras de Deus que ao mundo diz: Escutai o que diz o meu Filho. O não escutar as palavras do Filho de Deus que temos nos evangelhos leva os homens a resolver os problemas por meio da violência, a destruição de milhões de seres humanos, a destruição progressiva da bondade e da beleza da natureza, por Deus criada para nosso bem e alegria; e levam os povos a viverem crises horrendas que causam situações horrorosas especialmente às camadas mais pobres e frágeis da humanidade. Criado à imagem e semelhança de Deus, nunca pode o homem criar condições de vida feliz só com as suas próprias imagens em que tantas vezes impera o egoísmo e a exploração do outro. São Paulo explica minuciosamente o que acontece quando o homem se recusa a aceitar, na sua vida prática, a autoridade suprema de Deus: basta ler o capítulo primeiro da carta aos Romanos, especialmente do versículo 18 até o fim (V/ 32). É bem verdade que tudo se paga. Esta Quaresma é uma ótima ocasião e um dom do alto para nos voltarmos para o rosto do Senhor e aceitarmos os seus Mandamentos como Leis divinas que promovem a fraternidade e a paz entre todos. Porque Cristo é o imperativo necessário para a realização e a felicidade da humanidade e dos seus membros.