Setenta por cento dos alunos sofrem algum tipo de violência nas escolas asiáticas, segundo um estudo da organização Plan Internacional. Uma boa parte das vítimas nunca apresentou queixa
Setenta por cento dos alunos sofrem algum tipo de violência nas escolas asiáticas, segundo um estudo da organização Plan Internacional. Uma boa parte das vítimas nunca apresentou queixa Os dados são preocupantes e, em alguns países, como a Indonésia, são mesmo considerados alarmantes. Segundo uma investigação desenvolvida pela organização não governamental Plan Internacional junto de estudantes do Camboja, Nepal, Indonésia, Paquistão e Vietname, sete em cada 10 crianças são vítimas de violência na escola. a taxa de violência mais baixa registada pelo estudo foi no Paquistão (43 por cento), mas na Indonésia os valores dispararam para 84 por cento. Surpreendentemente, 43 por cento das vítimas entrevistadas, nunca apresentaram queixa, de acordo com os investigadores. Não proteger as crianças de todas as formas de violência, inclusive as que se registam na sua vida escolar, é também uma violação dos seus direitos que compromete o seu desenvolvimento e bem estar e perpetua os ciclos de violência de geração para geração, alertou a diretora geral da organização em Espanha, Concha López. Uma das razões para explicar este tipo de violência prende-se, com frequência, com os estereótipos de género. a maioria das vezes, os rótulos’ que definem uma menina como tímida e obediente e um menino como dominante e agressivo acabam por tornar-se como modelos de comportamento interiorizados pelas crianças desde muito cedo. Em muitos casos, a violência é tão comum que se converte em algo normal para as crianças, que não relatam os comportamentos mais agressivos porque não os veem como algo incorreto, tornando-se também elas violentas. É um círculo vicioso que deve interromper-se, defenderam os dirigentes da Plan Internacional.