Dezenas de menores foram recrutados numa aldeia para lutar contra os rebeldes, ligados ao ex-vice-presidente Riek Machar. Sem escola e sem ocupação, os jovens apresentam-se como voluntários para pegar nas armas
Dezenas de menores foram recrutados numa aldeia para lutar contra os rebeldes, ligados ao ex-vice-presidente Riek Machar. Sem escola e sem ocupação, os jovens apresentam-se como voluntários para pegar nas armasUma guerra civil feroz, novas ofensivas rebeldes e o recrutamento de todos os que estão aptos para pegar em armas, incluindo adolescentes, com o objetivo de defender o território e as comunidades. Estes são os cenários que ajudam a compreender a situação tensa na aldeia de Wau Shilluk, no Sudão do Sul, onde nos últimos dias se tem assistido a um agudizar dos confrontos. a pequena aldeia, situada a cerca de 20 quilómetros da cidade de Malakal, a capital do estado do alto Nilo, tem sido palco de várias ofensivas dos rebeldes de etnia Nuer, ligados ao ex-vice-presidente Riek Machar. Habitada pelo grupo étnico Shilluk, a comunidade recorreu a todos os que estão aptos para lutar, incluindo 89 menores, alguns deles com menos de 12 anos. a zona é controlada por soldados fiéis a Johnson Olony, um ex-chefe rebelde que acabou na mira das forças de Machar por ter firmado uma aliança com o exército governamental. Segundo fontes citadas pela agência Misna, Olony está a promover campanhas de recrutamento de combatentes, com relativa aceitação por parte da população Shilluk. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) considera a situação dramática, pois as crianças e jovens não podem frequentar as escolas que estão encerradas há meses e procuram pequenos trabalhos para sobreviver. Neste contexto, em alguns casos são eles que se apresentam voluntariamente nos acampamentos militares para se juntarem aos combatentes.