Bryan Barkley, um voluntário que colaborou com a organização humanitária inglesa durante mais de duas décadas, foi expulso da instituição por se haver manifestado publicamente em desacordo com a legalização destas uniões
Bryan Barkley, um voluntário que colaborou com a organização humanitária inglesa durante mais de duas décadas, foi expulso da instituição por se haver manifestado publicamente em desacordo com a legalização destas uniõesO diretor da Cruz Vermelha do Yorkshire, andy Peers, justificou a saída por motivos disciplinares, considerando que este voluntário havia violado os princípios fundamentais da Cruz Vermelha, dado que esta deve ser neutra em relação a estes temas. Peers repreendeu o voluntário, engenheiro civil aposentado, porque este tinha-se manifestado a favor da unicidade do matrimónio entre um homem e uma mulher.
O episódio que deu motivo à expulsão aconteceu em 2014, quando Barkley foi sozinho em frente à catedral de sua cidade, Wakefield, com dois cartazes: um deles dizia: Não ao matrimónio gay e o outro Não à redefinição do matrimónio. a manifestação levada a cabo por este voluntário junto à catedral em nada envolvia a CV, tendo o individuo em causa afirmado: Creio com convicção que o instituto do matrimónio seja a pedra angular da nossa sociedade e seja, entre homem e mulher. Por que está errado dizer isso em público?.

a alegada violação da neutralidade dos princípios fundamentais da CV neste caso soa a oco, pois como a associação jurídica, que defendeu este voluntário perante o administrador delegado da Cruz Vermelha inglesa, Mike adamson, disse em comunicado: Existem muitas pessoas que publicamente se identificam como voluntários da Cruz Vermelha e que usaram os meios de comunicação para expressar abertamente visões políticas. Estas visões incluem o apoio à introdução do matrimónio entre pessoas do mesmo sexo e comentários prós e contra partidos políticos. Ou seja, os princípios que servem para uns são negados para outros. Será isto defender a neutralidade?

O caso deste inglês de 71 anos veio agora a público graças a uma agência noticiosa de Roma (Zenit) que reporta ainda que o funcionário era considerado pela CV como voluntário extremamente consciente e devoto, passando por quase todo o mundo sem preocupar-se pelo tempo que gastava. apesar das contradições existentes, o diretor da CV inglesa rejeitou o apelo feito pelo voluntário para que a decisão contra ele fosse anulada.

Embora este episódio seja um caso singular, e portanto sem uma repercussão generalizada, revela que há instituições, em todo o mundo, que a coberto do politicamente correto agem contra as convicções religiosas, ou outras, das pessoas. E nem o fato de a Cruz Vermelha ter um trabalho humanitário reconhecido internacionalmente justifica que os seus dirigentes se arroguem a pisar os direitos de convicção e expressão dos próprios voluntários. aqui deixamos uma pergunta muito simples: Esses dirigentes estão convitos de que poderiam fazer o trabalho que fazem sem a colaboração voluntária de centenas de milhares pessoas? Estamos cientes que não.

a propósito do casamento o Papa Francisco fez esta semana notar aos jovens que a vocação humana para o amor é importante, e que o matrimónio não está fora de moda. Exorto vocês a se rebelarem contra a tendência generalizada de banalizar o amor, sobretudo quando se procura reduzi-lo apenas ao aspeto sexual, desvinculando-o assim das suas características essenciais de beleza, comunhão, fidelidade e responsabilidade. Esta mensagem foi dirigida aos jovens de todo o mundo tendo em vista a próxima Jornada Mundial da Juventude, que se realizará no dia 29 de março, Domingo de Ramos, a nível diocesano. Entendemos que as convicções religiosas de cada um são para respeitar, independentemente da opinião que pessoas ou organizações possam ter sobre esse assunto.