Nestes caminhos que o ser humano percorre, somos chamados a criar a cultura do encontro feito de ternura e carinho, de proximidade que abraça e conforta, da inclusão que dá tempo e espaço para a escuta atenta de todos
Nestes caminhos que o ser humano percorre, somos chamados a criar a cultura do encontro feito de ternura e carinho, de proximidade que abraça e conforta, da inclusão que dá tempo e espaço para a escuta atenta de todosBodas de prata. Estamos de parabéns. Celebramos neste mês de fevereiro os 25 anos da primeira peregrinação dos missionários e missionárias da Consolata a Fátima. O bem aventurado José allamano, fundador do Instituto Missionário da Consolata, é o motivo pelo qual peregrinamos, nos reunimos e rezamos em Fátima.

Quem se dispõe a peregrinar, está disposto a encontrar rostos diferentes no caminho que percorre. É confrontado com a novidade do encontro, que interpela, questiona, enriquece, e provoca. Nestes caminhos que o ser humano percorre, somos chamados a criar a cultura do encontro feito de ternura e carinho, de proximidade que abraça e conforta, da inclusão que dá tempo e espaço para a escuta atenta de todos.

Somos confrontados diariamente pela exclusão de pessoas, que devido a condições económicas, sociais, culturais e políticas são descartáveis. Nesta sociedade onde o ter e o dinheiro impossibilitam uma maior atenção ao ser humano, não alimentemos a ideia e a convicção de que o ódio e a violência são mais fortes que o amor e a ternura.

a Boa Nova do Evangelho é a fonteque nos impele a não criar barreiras e diferenças entre o que fazemos e acreditamos. a caminhar rompendo fronteiras culturais, sociais e religiosas. a aproximar-nosdos irmãos e irmãs mais necessitados para os acolhermos. a abraçar todas as realidades onde a vida é constantemente ameaçada.

Iniciar o percurso, percorrer o caminho, alcançar a meta não é suficiente. É preciso retomar novamente o caminho de volta, reconfortados pelo encontro e a magia do abraço que inclui todaa vida. Não basta caminhar. É preciso resistir e persistir para descobrir novos caminhos, reencontrar amigos e redescobrir novas realidades. Estes 25 anos de peregrinação ininterruptos, onde nem a chuva nem o frio foram motivos para desanimar incentivam-nos a continuar neste caminho aberto ao outro, ao diferente, ao mundo missionário.

Não tenhamos medo de ver, de contemplar com novos olhos a realidade e de construir novas linguagens e formas de estar, a partir do encontro e do coração. Coragem para iniciar, persistência para continuar e esperança para não desanimar.

Caminhemos, resistamos, num abraço constante entre a fé e a vida. Vale a pena. abraçar a vida com fé e viver a vida na fé onde a humanidade se constrói no encontro e no abraço fraterno dadoe recebido com amor e ternura.