Centro de acolhimento de Imigrantes de Melilla está sobrelotado e as pessoas que fugiram do conflito sírio enfrentam grandes dificuldades, até no acesso à alimentação
Centro de acolhimento de Imigrantes de Melilla está sobrelotado e as pessoas que fugiram do conflito sírio enfrentam grandes dificuldades, até no acesso à alimentação Com capacidade para 480 pessoas, o Centro de acolhimento de Imigrantes de Melilla, Espanha, acolhe atualmente mais de 1. 900 utentes, grande parte dos quais são refugiados sírios que vivem em condições de precariedade, nomeadamente no que diz respeito à alimentação. a denúncia partiu da amnistia Internacional (aI), que considera deficitária a resposta de países como a Espanha ao conflito na Síria. Segundo os ativistas, à semelhança de outras nações, a Espanha não acolhe devidamente os refugiados, pois em 2014 chegaram perto de 3. 000 sírios às cidades autónomas de Ceuta e Melilla sem que tenham sido tomadas medidas adequadas para um acolhimento de acordo com as normas internacionais. Exemplo disso, sublinha a aI, foram os cerca de 600 pedidos de asilo admitidos em Melilla, que não asseguraram aos titulares o direito de se deslocarem livremente para a Península. E, enquanto esperam por uma decisão das autoridades, que muitas vezes se baseia unicamente na ocupação dos centros, muitos dos refugiados desistem de pedir proteção nas cidades autónomas. após uma visita ao Centro de acolhimento de Melilla, a aI verificou que os deslocados vivem amontoados em condições deploráveis, que não cumprem as normas internacionais. as pessoas dormem em salas superlotadas, sem roupa da cama, ou em tendas de campanha nada apropriadas para o frio. O uso de água corrente é limitado e só os menores têm acesso a água quente. Há longas filas que dificultam o acesso ao duche e até à alimentação, relatam os ativistas. a organização de defesa dos direitos humanos calcula que existam atualmente perto de 380 mil refugiados sírios na mesma situação, em várias partes do mundo, e lança um apelo à comunidade internacional: Os líderes mundiais não podem continuar a ignorar os refugiados vulneráveis. É fácil sentir-se impotente perante uma crise desta magnitude, mas encorajá-los a reinstalar os deslocados pode mudar as suas vidas, afirma o diretor da equipa de Direitos de Pessoas Refugiadas e Migrantes da aI, Sherif Elsayed-ali.