Conferência Episcopal recorda às partes em confronto que qualquer político que continue a promover a guerra contra cidadãos inocentes «não tem legitimidade» para governar. E apela a que se façam concessões mútuas para que se alcance a paz
Conferência Episcopal recorda às partes em confronto que qualquer político que continue a promover a guerra contra cidadãos inocentes «não tem legitimidade» para governar. E apela a que se façam concessões mútuas para que se alcance a paz Qualquer partido que continue a promover a guerra contra os cidadãos inocentes não tem legitimidade, porque um governo legítimo é capaz de promover a paz, a estabilidade e o desenvolvimento, afirmam os bispos do Sudão do Sul, numa mensagem alusiva às divisões no Movimento de Libertação do Povo Sudanês (SPLM), que atiraram o país para uma guerra civil que se arrasta desde dezembro de 2013. as duas fações em confronto – a do Presidente Salva Kiir e do ex-vice-presidente Riek Machar – chegaram a um novo acordo de paz (o sétimo) na madrugada de segunda-feira, 2 de fevereiro, em adis abeba, Etiópia. ambos se comprometeram a respeitar o cessar-fogo, mas um acordo de paz definitivo parece ainda distante, assim como o calar absoluto das armas. Enquanto algumas pessoas discutem em adis abeba, outras no local continuam combatendo e morrendo, sublinham os bispos, acrescentando que, ao alimentarem a guerra entre si, os dois responsáveis já perderam a legitimidade para governar. Na mensagem, difundida pela agência Fides, os prelados lamentam que se gaste dinheiro na compra de armas, em vez de se investir em atividades produtivas e na construção de estradas, escolas e hospitais, e denunciam a militarização da sociedade que consideram incompatível com uma verdadeira democracia civil. Várias comunidades possuem armas pesadas e sofisticadas. Elas continuarão a ameaçar a segurança do Sudão do Sul, mesmo após ser alcançado o acordo de paz, alertam.