Missionários da Consolata convidados a participar nas celebrações do centenário da paróquia de Kidane-Miheret, diocese de Jimma-Bonga, na Etiópia. ali surgiram algumas vocações que hoje ministram um pouco por todo o país
Missionários da Consolata convidados a participar nas celebrações do centenário da paróquia de Kidane-Miheret, diocese de Jimma-Bonga, na Etiópia. ali surgiram algumas vocações que hoje ministram um pouco por todo o país Entre danças e cânticos em amárico e Oromiya, a comunidade católica da diocese de Jimm-Bonga, na Etiópia, reuniu-se no passado dia 23 de janeiro para celebrar o centenário da fundação da paróquia Kidane-Miheret. Por estar ligado à história da região, onde abriu uma missão há 100 anos, o Instituto Missionário da Consolata (IMC) foi convidado a fazer parte das celebrações. Na Eucaristia principal, o cardeal Berhaneyesus Souraphiel sublinhou o trabalho árduo dos primeiros missionários que chegaram ao território e de todos os outros que se seguiram e continuaram o trabalho de regar e cuidar da planta, que de uma pequena semente se tornou uma árvore frondosa. Estiveram presentes muitos sacerdotes e religiosos que se quiseram associar a esta festa. Entre estes consagrados havia vários netos de pessoas que conheceram os missionários da Consolata que ali trabalharam, porque foram várias as vocações que surgiram naquelas paragens e que hoje ministram um pouco por toda a Etiópia. No final da Missa, os convidados oficiais puderam partilhar o seu testemunho com os fiéis. Óscar Clavijo, Superior Provincial da Consolata na Etiópia, agradeceu o convite para tão solene ocasião e aproveitou para sublinhar o crescimento considerável da missão e o testemunho que dá no meio da população, especialmente entre muçulmanos e ortodoxos. a história da Igreja nesta região regista momentos atribulados: o cardeal Guglielmo Massaia – que tanto inspirou o fundador do IMC – foi expulso do território e os cristãos perseguidos. Há mesmo um registo de cerca de 300 mortos, 14 dos quais mártires, que a hierarquia gostaria de ver reconhecidos como tal pela Igreja universal. No século passado, eram vários os entraves à entrada e permanência de missionários católicos, quer por parte das autoridades locais, quer por inveja do poder central em adis abeba. No início, os missionários da Consolata tiveram mesmo de se dedicar ao comércio à espera de melhores dias para iniciar a missionação e mais tarde – 1935, com a guerra Italo-Etíope – viram-se obrigados a deixar o território por serem italianos. Na sede da diocese Jimma-Bonga, em Jima, a catedral foi confiscada pelo regime e mais tarde transformada em biblioteca da universidade local.