Oficialmente abolida do país, a escravidão continua a afetar quatro por cento da população, segundo o presidente de uma organização de defesa dos direitos humanos. O ativista foi condenado a dois anos de prisão por organizar manifestação anti-escravatura
Oficialmente abolida do país, a escravidão continua a afetar quatro por cento da população, segundo o presidente de uma organização de defesa dos direitos humanos. O ativista foi condenado a dois anos de prisão por organizar manifestação anti-escravatura a prática da escravidão na Mauritânia está de novo no centro do debate nacional e internacional, depois do conhecido ativista e atual presidente da SOS Schiavi, Biram Ould Dah Ould abeid, ter sido condenado a dois anos de prisão por ter organizado uma manifestação anti-escravatura. apesar de ter sido abolida em 1985, a prática da escravatura continua impune no país, e atinge sobretudo as famílias de pastores e camponeses, nas zonas rurais, e de domésticas, nas áreas urbanas. Quando uma criança nasce de uma mãe escrava, o bebé também é destinado à mesma sorte e leva consigo este estigma por toda a vida, afirma Biram abeid, que foi premiado em 2013 pelas Nações Unidas pela luta não violenta contra a escravidão, mas preso no seu país e condenado a pena de prisão, a 15 de janeiro, acusado de resistência às autoridades. Segundo a organização não governamental Global Slavery Index, que luta contra a escravidão a nível mundial, a Mauritânia está no primeiro lugar da lista de países com escravos, com 155 mil cativos, ou seja, quatro por cento da população. Biram foi o segundo candidato mais votado nas últimas eleições presidenciais, em 2014.