O património acumulado por um por cento dos multimilionários vai superar o que possuem os restantes 99 por cento da população mundial, no próximo ano, segundo um estudo da organização não governamental Oxfam
O património acumulado por um por cento dos multimilionários vai superar o que possuem os restantes 99 por cento da população mundial, no próximo ano, segundo um estudo da organização não governamental Oxfam Num momento em que uma em cada nove pessoas não tem o suficiente para comer e mais de mil milhões de pessoas vive com pouco mais de um euro por dia, as previsões da organização não governamental Oxfam apontam para um aumento significativo das desigualdades, para o próximo ano. Segundo um estudo divulgado esta segunda-feira, 19 de janeiro, em 2016 o património acumulado por um por cento dos mais ricos será superior ao que possuem os restantes 99 por cento da população. O documento, de antecipação à reunião anual do Fórum Económico Mundial de Davos, mostra que os mais ricos viram aumentar a sua quota global de riqueza em 44 por cento, no ano de 2009, e 48 por cento em 2014. a manter-se esta tendência, este aumento pode ultrapassar os 50 por cento em 2016. O que quer dizer que os membros desta elite mundial geraram uma riqueza média de 2,7 milhões de dólares por cada adulto, o ano passado. Para inverter esta situação, a Oxfam pede aos governos que adotem um plano com sete pontos: combater a evasão fiscal das empresas e das pessoas mais ricas; investir em serviços públicos gratuitos, como saúde e educação; distribuir a pressão fiscal de forma mais equitativa; introduzir salários mínimos; promover legislação sobre a paridade retributiva; garantir redes de segurança adequadas para os mais pobres e definir um objetivo global para fazer frente à desigualdade. a desigualdade extrema não é só um mal moral. Mina o crescimento económico e ameaça a linha de fundo do setor privado. Todos os que se reúnem em Davos e que querem um mundo estável, deveriam enfrentar a desigualdade como uma prioridade absoluta, alertou, a este propósito, Lynn Forester, presidente da Coligação pelo Capitalismo Inclusivo, num debate em Londres, no Reino Unido.