Um relatório conjunto da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura e do Fundo da ONU para a Infância revela que, a nível global, um em cada cinco adolescentes está fora da escola
Um relatório conjunto da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura e do Fundo da ONU para a Infância revela que, a nível global, um em cada cinco adolescentes está fora da escola a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) e o Fundo da ONU para a Infância (UNICEF) divulgaram um relatório esta segunda-feira, 19 de janeiro, onde denunciam a existência de cerca de 63 milhões de adolescentes, entre os 12 e 15 anos, que não podem exercer o seu direito à educação. Segundo o estudo, a nível global um em cada cinco adolescentes está fora da escola, o que coloca esta faixa etária em maior risco de não ser escolarizada. Ou seja, à medida que as crianças crescem, aumenta a probabilidade de abandonarem os estudos ou de, pura e simplesmente, nunca os começarem. Os dados recolhidos demonstram ainda que 121 milhões de crianças e adolescentes nunca foram à escola ou abandonaram os estudos em idade precoce. Uma taxa que para os responsáveis de ambas as organizações é alarmante e contraria a promessa da comunidade internacional de alcançar a educação para todos em 2015. as estratégias que se têm utilizado habitualmente, como o aumento do número de professores, aulas e livros, não são suficientes para chegar às crianças mais desfavorecidas, alertou a diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova, sublinhando a necessidade de intervenções seletivas para chegar às famílias deslocadas pelos conflitos, às meninas obrigadas a ficar em casa, às crianças com deficiência e aos milhões de menores que se veem forçados a trabalhar. Os países com maior índice de crianças fora da escola são a Eritreia e a Libéria. a pobreza é o maior obstáculo. Na Nigéria, por exemplo, dois terços das crianças das zonas mais pobres não vão às aulas, refere o relatório.