Na esteira do ataque da semana passada à revista satí­rica francesa Charlie Hebdo, a UNESCO, encarregue de proteger a liberdade de expressão, acolheu na sua sede de Paris um dia de reflexão e realizou um amplo debate sobre a liberdade de imprensa
Na esteira do ataque da semana passada à revista satí­rica francesa Charlie Hebdo, a UNESCO, encarregue de proteger a liberdade de expressão, acolheu na sua sede de Paris um dia de reflexão e realizou um amplo debate sobre a liberdade de imprensa O ataque contra a Charlie Hebdo foi um ataque contra a liberdade de expressão, um dos pilares desta visão compartilhada, cujo porta-estandartes são jornalistas, afirmou Irina Bokova, diretora-geral da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Para a diretora-geral, os números são surpreendentes. E concretizou: a cada sete dias, um jornalista é morto por fazer o seu trabalho. Nove em cada dez casos ficam impunes. Isto é simplesmente inaceitável. Participaram no encontro, que quis proporcionar um amplo debate sobre a liberdade de imprensa, membros da imprensa francesa e internacional, os estados-membros da UNESCO, formadores de opinião e escolas de jornalismo. O programa foi aberto por Irina Bokova, na presença do cartunista francês Plantu, do jornal Le Monde. Este evento realizou-se depois do ataque terrorista da semana passada contra a equipa redatorial da Charlie Hebdo e o subsequente cerco com reféns num supermercado kosher em Paris. Dezassete pessoas foram mortas nesses ataques. E morreram ainda os três terroristas.