Um estudo das Nações Unidas revela que apenas 15 por cento dos países africanos oferecem serviços de saúde mental para abordar as necessidades das vítimas de violência
Um estudo das Nações Unidas revela que apenas 15 por cento dos países africanos oferecem serviços de saúde mental para abordar as necessidades das vítimas de violênciaapenas 15 por cento dos países africanos oferecem serviços de saúde mental às vítimas daviolência, revela o Relatório Mundial sobre a Prevenção da Violência 2014, lançado na última quarta-feira, 10 de dezembro. O estudo indica que os cuidados e o apoio às vítimas de violênciasão importantespara reduzir o trauma psicológico, ajudar na cura e evitar um envolvimento neste tipo deatos.
Em todo o mundo, cerca de 475 mil pessoas foram assassinadas em 2012. Dos quatro países lusófonos incluídos no estudo, São Tomé e Príncipe é aquele que não possui assistência formal para as vítimas da violência. Em 2012, o país teve uma taxade homicídio de 5,3 pessoas em cada 100 mil habitantes. Moçambique conta com este tipo de serviços de apoio e teve 3,7 homicídios em cada 100 mil habitantes. a maior taxa dos países de língua portuguesa é do Brasil com 24,3 pessoas em cada 100 mil habitantes e por últimoPortugal, com1,4.
MargaretChan, diretora-geralda Organização Mundial de Saúde (OMS),disse que asconsequênciasda violência sobre as famílias e comunidades são profundas e podem resultar em problemas de saúde ao longo da vida dos afetados. Orelatório também indica a quantidade deálcoolconsumida nos países. Entre as nações de língua portuguesa, Portugallidera com12,9 litrospor pessoa. a seguir está o Brasil com 8,3 litros,SãoTomé ePríncipecom 7,1 litros e Moçambiquecom 3,7 litros porpessoa.
Segundo YuryFedotov, diretor executivodo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, o relatório éuma ferramenta útil para identificar as lacunas na lei e na sua aplicação. aexpetativaé que as informações possam ajudar os países a definir medidas adicionais para garantir que a criminalidade violenta baixe.
De acordo com a Rádio ONU, o Relatório Mundial sobre a Prevenção da Violência 2014 é primeiroestudo a avaliar os esforços nacionais para combater a violência interpessoal como maus-tratosinfantis e violência doméstica,juvenil e sexual. O estudo recomenda que os programas de prevenção da violência sejam mais intensos em todos os países, e que as leis sejam mais fortes e aplicadas para prevenir o problema. O relatório aconselha o reforço dasinstituições de justiça e de segurança e a criação de serviços avançados para as vítimas de violência.