Quase metade das mulheres da américa Latina e Caribe que estão integradas no mercado de trabalho têm empregos de baixa produtividade, escassa proteção social e salários reduzidos
Quase metade das mulheres da américa Latina e Caribe que estão integradas no mercado de trabalho têm empregos de baixa produtividade, escassa proteção social e salários reduzidos Um estudo da Comissão Económica para a américa Latina e Caribe (CEPaL) revela que 47 por cento das mulheres trabalhadoras têm horários sobrecarregados, pouca proteção social e salários baixos ou trabalho não remunerado, o que as prejudica na participação na tomada de decisões e no avanço nas carreiras e reduz os seus rendimentos. Segundo o relatório, divulgado pela agência adital, a taxa de atividade económica feminina na américa Latina é de apenas 49,8 por cento, sendo que uma em cada três mulheres na região não conta com rendimentos próprios. O estudo conclui ainda que o tempo que as mulheres dedicam ao trabalho não remunerado é pelo menos o dobro do que o que dedicam os homens para esse tipo de tarefas. Para a secretária executiva da CEPaL, alícia Bárcena, a estrutura do mercado de trabalho na américa Latina não sofreu alterações nos últimos 20 anos, pelo que os custos da participação trabalhista têm sido assumidos de forma individual pelas mulheres. a responsável alerta, por isso, para a necessidade de fortalecer os caminhos de autonomia económica das mulheres, assim como de consolidar as conquistas na autonomia física e na tomada de decisões.